DECLARAÇÃO
DE BENS E DIREITOS
|
|
Pessoa
física equiparada a jurídica
|
423
|
Aquisição
de bens na união estável
|
424
|
Conta
bancária de mais de uma titularidade
|
425
|
Bens
e direitos comuns — declaração em separado
Bens
e direitos comuns informados na declaração do cônjuge
|
426
427
|
Doações
recebidas em bens móveis e imóveis
|
428
|
Doações
em dinheiro — Donatário
|
429
|
Doações
em dinheiro — Doador
|
430
|
Empréstimos
a empresas
|
431
|
Bens
comuns — espólio
|
432
|
Depósito
não remunerado — exterior
|
433
|
Bens
em condomínio
|
434
|
Dependente
— primeira declaração
|
435
|
Moeda
estrangeira em espécie
|
436
|
Aplicação
financeira no exterior — como declarar
|
437
|
Veículo
— perda total
|
438
|
Herança
no exterior
|
439
|
Bens
e direitos no exterior
|
440
|
Imóvel
rural
|
441
|
Demolição
e construção no mesmo terreno
|
442
|
Consórcio
— contemplado
|
443
|
Consórcio
— não contemplado
|
444
|
Imóvel
adquirido/quitado com o FGTS
|
445
|
Contrato
de gaveta
|
446
|
Doação
de imóvel — usufruto
|
447
|
Leasing
|
448
|
ATIVIDADE
RURAL — CONCEITOS GERAIS
|
|
Tributação
do resultado da atividade rural
|
449
|
Forma
de apuração do resultado da atividade rural
|
450
|
Insuficiência
de caixa
|
451
|
Livro-caixa
eletrônico
|
452
|
Encerramento
de espólio ou saída definitiva — atividade rural
|
453
|
Inscrição
no cadastro de imóveis rurais do ITR
|
454
|
Contratos
agrários
|
455
|
Arrendatário
e parceiro
|
456
|
Mais
de um contrato de parceria para a mesma unidade
|
457
|
Rendimentos
no usufruto
|
458
|
Animais
em propriedade de terceiros
|
459
|
Contratos
com gado
|
460
|
Captura
in natura do pescado
|
461
|
Propriedade
de mais de um barco pesqueiro
|
462
|
Hospedagem
de animais em haras
|
463
|
Pasteurização
com acondicionamento do leite de terceiros
|
464
|
Aluguel
de pastagem, máquinas e equipamentos
|
465
|
Rendimento
da avicultura
|
466
|
Turismo
rural
|
467
|
Imóvel
rural não explorado com atividade rural
|
468
|
Venda
de árvores plantadas
|
469
|
Extração
de madeira e fabricação de carvão
|
470
|
Venda
de minério extraído de propriedade rural
|
471
|
Venda
de produtos da atividade rural aos centros de abastecimento
|
472
|
Herança
de imóvel rural com prejuízos
|
473
|
Rendimentos
no curso do inventário
|
474
|
Adiantamento
utilizado para aquisição de bens
|
475
|
Empréstimos
ou financiamentos rurais
|
476
|
Produtos
estocados e ainda não vendidos
|
477
|
Produção
de alevinos e embriões
|
478
|
Venda
de propriedade rural durante o ano-calendário
|
479
|
Venda
de rebanho bovino — ganho de capital
|
480
|
Atividade
rural exercida no exterior
|
481
|
Atividade
rural exercida no Brasil e no exterior
|
482
|
Atividade
rural exercida no Brasil por não residente
|
483
|
Imposto
pago no exterior
|
484
|
Desobrigação
de preencher o demonstrativo da atividade rural
|
485
|
Alienação
de propriedade rural
|
486
|
Recolhimento
complementar
|
487
|
Valor
recebido em produtos rurais por terra cedida
|
488
|
Transferência
de bens e benfeitorias na herança, dissolução da sociedade conjugal ou doação
|
489
|
Alienação
de imóvel rural e benfeitorias — conversão por índice de produtos rurais
|
490
|
Alienação
de bem rural — conversão por índice de produtos rurais
|
491
|
Fundo
de Liquidez
|
492
|
Variação
Cambial
|
493
|
ATIVIDADE
RURAL — RECEITAS
|
|
Valor
do arrendamento recebido em produtos
|
494
|
Tripulação
de barcos pesqueiros
|
495
|
Adiantamentos
recebidos relativos a produtos rural
|
496
|
Adiantamentos
recebidos em anos anteriores
|
497
|
Devolução
de compras
|
498
|
Cessão
de direito de bem destinado à atividade rural
|
499
|
Valores
recebidos de órgãos públicos
|
500
|
Recebimento
de seguros
|
501
|
Nota
promissória rural
|
502
|
Decisão
judicial
|
503
|
Produto
rural vendido por cooperativa
|
504
|
Animais,
produtos ou bens rurais entregue para integralização de quotas
|
505
|
Valor
dos bens ou benfeitorias vendidos
|
506
|
Documento
de venda de bens e benfeitorias
|
507
|
Venda
de bens posteriormente à alienação do imóvel rural
|
508
|
Venda
de produto rural posteriormente à alienação do imóvel rural
|
509
|
Venda
de bens e benfeitorias recebidos em herança, dissolução da sociedade conjugal
ou doação
|
510
|
ATIVIDADE
RURAL — DESPESAS
|
|
Gastos
com assistência à saúde
|
511
|
Pagamento
antecipado do preço
|
512
|
Despesas
com veículos
|
513
|
Aluguel
de avião para deslocamento do contribuinte
|
514
|
Gastos
com aeronave
|
515
|
Aluguel
descontado do empregado
|
516
|
Prestação
de serviços da atividade rural
|
517
|
Despesas
ocorridas fora da área rural
|
518
|
Aquisição
de bem por consórcio
|
519
|
Empréstimos
e financiamentos
|
520
|
Dedução
de multas
|
521
|
ATIVIDADE
RURAL — INVESTIMENTOS
|
|
Investimentos
|
522
|
Aquisição
de terra nua
|
523
|
Gastos
com escola e educação
|
524
|
Adiantamento
recebido para pagamento posterior em produtos rurais
|
525
|
Financiamento
rural para aquisição de bens
|
526
|
Investimento
na captura in natura do pescado
|
527
|
Investimento
na exploração da piscicultura
|
528
|
Gastos
com desmatamento de terras
|
529
|
Aquisição
de reprodutores ou matrizes
|
530
|
Aquisição
de cotas ou participações societárias
Benfeitorias
realizadas no imóvel rural
|
531
532
|
DECLARAÇÃO
DE BENS E DIREITOS
PESSOA
FÍSICA EQUIPARADA A JURÍDICA
423
— Qual é o tratamento dado, na Declaração de Ajuste Anual, aos imóveis objeto
de transações de pessoa física que for equiparada a pessoa jurídica pela
prática de operações imobiliárias?
Se
o contribuinte for equiparado a pessoa jurídica pela prática de incorporação ou
loteamento, os imóveis objeto dessas transações são imediatamente baixados de
sua Declaração de Bens e Direitos, historiando-se, no item correspondente à
participação societária, sua destinação para formação do capital da pessoa
jurídica equiparada, indicando o valor do capital com ele realizado.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda
(RIR/1999), arts. 150, § 1º, inciso III, 151 e 152)
AQUISIÇÃO
DE BENS NA UNIÃO ESTÁVEL
424
— Como declarar os bens adquiridos na constância da união estável?
Na
união estável, salvo contrato escrito entre os conviventes, aplica-se às
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Quando
os conviventes optarem por apresentar a Declaração de Ajuste Anual em separado,
todos os bens ou direitos comuns devem ser relacionados em apenas uma das
declarações, independente do nome de qual convivente consta na documentação dos
referidos bens ou direitos, tais como: imóveis, conta-corrente, veículos,
ações.
(Constituição
Federal, de 1988, art. 226, § 3º; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -
Código Civil, art. 1.725)
CONTA
BANCÁRIA DE MAIS DE UMA TITULARIDADE
425
— Como deve ser relacionada na declaração de bens a informação relativa à conta
bancária de mais de uma titularidade?
Cada
titular deve informar conforme a sua participação na conta bancária. Se não for
possível a identificação do valor atribuído a cada titular, o valor deve ser
proporcionalizado igualmente entre os titulares.
Atenção:
Na
constância da união estável observar o contrato escrito, se houver.
BENS
E DIREITOS COMUNS — DECLARAÇÃO EM SEPARADO
426
— Como devem ser relacionados, na declaração de bens dos cônjuges, os bens ou
direitos comuns que estejam em nome de apenas um deles e a opção for pela
Declaração de Ajuste Anual em separado?
Quando
os cônjuges optarem por apresentar a Declaração de Ajuste Anual em separado,
todos os bens ou direitos comuns devem ser relacionados em apenas uma das
declarações, independente do nome de qual cônjuge consta na documentação dos
referidos bens ou direitos, tais como: imóveis, conta-corrente, veículos,
ações.
BENS
E DIREITOS COMUNS INFORMADOS NA DECLARAÇÃO DO CÔNJUGE
427
— O que deve ser informado na declaração de bens e direitos do cônjuge que não
declara os bens comuns, relativamente a estes bens?
Na
declaração do contribuinte em que não constar os bens e direitos, por constarem
na declaração do cônjuge, deve ser incluída informação no campo
“Discriminação”, utilizando-se o código 99, relatando que os bens e direitos
comuns estão apostos na declaração do cônjuge, informado também o nome e
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do cônjuge.
DOAÇÕES
RECEBIDAS EM BENS MÓVEIS E IMÓVEIS
428
— Como declarar as doações recebidas em bens móveis e imóveis?
Aquele
que recebe as doações deve declará-las da seguinte forma:
1
- Relacionar no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e Direitos as doações
recebidas, com a indicação do nome e do número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF) do doador.
2
- Informar no campo “Situação em 31/12/2012 (R$)” o valor do bem ou direito
recebido, conforme estabelecido pelo instrumento de doação.
3
- Informar o valor correspondente à doação na ficha Rendimentos Isentos e Não
tributáveis.
Atenção:
O
doador deve proceder da seguinte forma:
informar
no item relativo ao bem doado, no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e
Direitos, o nome e o número de inscrição no CPF de quem recebeu a doação;
deixar em branco o campo “Situação em 31/12/2012 (R$)” e ainda na ficha
“Doações Efetuadas”, sob o código 81.
Consulte
as perguntas 562
DOAÇÕES
EM DINHEIRO — DONATÁRIO
429
— Como o donatário deve declarar as doações recebidas em dinheiro?
O
valor das doações recebidas em dinheiro deve ser incluído em Rendimentos
Isentos e Não tributáveis.
Ncampo
“Discriminação” da Declaração de Bens e Direitos informar o nome, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do doador, a data e o valor
recebido. O campo “Situação em 31/12/2011 (R$)” não deve ser preenchido e o
campo “Situação em 31/12/2012 (R$)” deve ser preenchido com o valor da doação.
DOAÇÕES
EM DINHEIRO — DOADOR
430
- Como o doador deve declarar as doações efetuadas em dinheiro, quando utilizar
o Programa IRPF2013?
O
doador deve declarar na Ficha de Doações Efetuadas o nome, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do beneficiário, o valor doado e
o código 80 (Doações em espécie).
EMPRÉSTIMOS
A EMPRESAS
431
— Como declarar empréstimos efetuados a empresa?
Os
empréstimos feitos devem ser informados na Declaração de Bens e Direitos, no
código 51. Os juros recebidos por ocasião do pagamento do empréstimo são
tributados exclusivamente na fonte pela pessoa jurídica tomadora do empréstimo.
Consulte
a pergunta 212
BENS
COMUNS — ESPÓLIO
432
— Quando o espólio estiver desobrigado de entregar a declaração de espólio, o
(a) viúvo (a) meeiro (a) está obrigado (a) a declarar os bens e direitos do
espólio?
Se
o espólio estiver desobrigado de apresentar declaração de rendimentos inicial
ou intermediária, os bens e direitos do espólio podem, opcionalmente, ser
relacionados na declaração do cônjuge sobrevivente. Relativamente à declaração
final, tal opção não é possível, sendo os bens e direitos, obrigatoriamente
nela informados.
(Instrução
Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art. 7º)
DEPÓSITO
NÃO REMUNERADO — EXTERIOR
433
— Como declarar depósitos não remunerados no exterior?
O
depósito não remunerado mantido em instituições financeiras no exterior deve
ser informado na Declaração de Bens e Direitos da seguinte forma:
1
- Na “Discriminação”, pelo valor em moeda estrangeira, o banco e o número da
conta.
2
– No campo “Situação em 31/12/2011 (R$)”, informar o saldo existente em
31/12/2011 constante na declaração do exercício de 2012, ano-calendário de
2011.
3
– No campo “Situação em 31/12/2012”, o saldo existente em 31/12/2012,
convertido em reais pela cotação de compra para essa data, fixada pelo Banco do
Central do Brasil.
É
isento o acréscimo patrimonial decorrente da variação cambial, o qual deve ser
informado em Rendimentos Isentos e Não tributáveis.
(Instrução
Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, art. 11)
BENS
EM CONDOMÍNIO
434
— Como declarar bens adquiridos em condomínio?
Os
bens adquiridos em condomínio devem ser informados por condômino em relação à
parte que couber a cada um. Assim, na Declaração de Bens e Direitos, ao
descrever o bem e a transação, deve-se informar que o bem foi adquirido em
sociedade e o percentual da propriedade do declarante.
DEPENDENTE
— PRIMEIRA DECLARAÇÃO
435
— Como deve proceder o dependente que apresenta Declaração de Ajuste Anual pela
primeira vez?
Os
bens e direitos de dependente que passa a apresentar declaração em separado não
devem ser incluídos na Declaração de Bens e Direitos do responsável, que
informará tal fato no campo “Discriminação”, não sendo informados nos campos
“Situação em 31/12/2011 (R$)” e ”Situação em 31/12/2012 (R$)”.
Na
Declaração de Bens e Direitos do dependente, os bens e direitos devem ser
informados, nos campos “Situação em 31/12/2011 (R$)” e “Situação em 31/12/2012
(R$)”, com base nos valores constantes na declaração de ajuste do responsável
do exercício onde constarem pela última vez.
MOEDA
ESTRANGEIRA EM ESPÉCIE
436
— Como declarar os estoques de moeda estrangeira mantida em espécie?
O
estoque de cada moeda estrangeira mantida em espécie deve ser informado na
Declaração de Bens e Direitos da seguinte forma:
a)
no campo “Discriminação”, informe o estoque da moeda estrangeira mantida em
espécie existente em 31/12/2012;
b)
no campo “Situação em 31/12/2011 (R$)”, repita o valor em reais do saldo de
moeda estrangeira existente em 31/12/2011 (R$), informado na Declaração de
Ajuste Anual do exercício de 2012, se for o caso;
c)
no campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”, informe o valor em reais do saldo de
moeda estrangeira existente em 31/12/2012, apurado com base no custo médio
ponderado, e correspondente ao valor informado no campo ”Situação em 31/12/2011
(R$)”, somado ao valor em reais de cada aquisição e diminuído do valor em reais
de cada alienação efetuada no ano-calendário de 2012, observando-se que o custo
da moeda adquirida é:
no caso de aquisição em reais, o valor pago;
no caso de aquisição em moeda estrangeira, a quantidade de moeda estrangeira
convertida em dólares dos Estados Unidos da América, pelo valor fixado pela
autoridade monetária do país emissor da moeda, para a data da aquisição e, em
seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo Banco Central
do Brasil, para a data da aquisição.
Caso
o total de alienações de moeda estrangeira mantida em espécie, no
ano-calendário de 2012, tenha sido superior ao equivalente a cinco mil dólares
dos Estados Unidos da América, preencha o Demonstrativo da Apuração dos Ganhos
de Capital - Alienação de Moeda Estrangeira Mantida em Espécie. Ver Instruções
de Preenchimento.
(Instrução
Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000)
APLICAÇÃO
FINANCEIRA NO EXTERIOR — COMO DECLARAR
437
— Como declarar aplicações financeiras realizadas em moeda estrangeira?
Cada
aplicação financeira realizada em moeda estrangeira deve ser informada na
Declaração de Bens e Direitos da seguinte forma:
a)
no campo “Discriminação”, informe o valor em moeda estrangeira da aplicação
financeira existente em 31/12/2012;
b)
no campo ”Situação em 31/12/2011 (R$)”, repita o valor em reais da aplicação
financeira existente em 31/12/2011 informado na Declaração de Ajuste Anual do
exercício de 2012, se for o caso;
c)
no campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”, informe o valor em reais da aplicação
financeira existente em 31/12/2012, cujo saldo deve ser ajustado a cada
aplicação, liquidação ou resgate realizado no ano-calendário de 2012.
Ver
Instruções de Preenchimento do Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital
- Alienação de Bens ou Direitos ou Liquidação ou Resgate de Aplicações
Financeiras Adquiridos em Moeda Estrangeira.
(Instrução
Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000)
VEÍCULO
— PERDA TOTAL OU ROUBO
438
— Como deve declarar proprietário de veículo que sofreu perda total ou foi
roubado, recebeu valor de seguradora e comprou novo veículo?
Com
relação ao veículo que sofreu perda total ou foi roubado, na ficha Declaração
de Bens e Direitos, informar no campo “Discriminação” o fato e o valor recebido
da seguradora, no campo “Situação em 31/12/2012 (R$)” deixar “em branco”. Na
ficha Rendimentos Isentos e Não tributáveis deve ser informada a parcela do
valor recebido da seguradora que exceder ao valor pelo qual o bem acidentado ou
roubado esteja declarado. Quanto ao veículo adquirido, informar no campo
“Discriminação” o valor recebido da seguradora e, no campo ”Situação em
31/12/2012 (R$)”, o valor de aquisição.
HERANÇA
NO EXTERIOR
439
— Como declarar os bens e direitos recebidos em herança no exterior?
No
campo “Discriminação”, informe os bens e direitos e o valor de aquisição em
moeda estrangeira, constante nos instrumentos de transmissão do país onde
ocorreu a partilha, o qual deve ser traduzido por tradutor juramentado.
No
campo “Situação em 31/12/2012 (R$)”, informe o valor em reais dos bens e
direitos recebidos em herança no exterior.
O
valor de aquisição dos bens e direitos, quando expresso em moeda estrangeira,
deve ser convertido em dólares dos Estados Unidos da América pelo valor fixado
pela autoridade monetária do país emissor da moeda para a data da aquisição e,
em seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo Banco
Central do Brasil, para a data da aquisição.
Em
Rendimentos Isentos e Não tributáveis, informe o valor em reais dos bens e
direitos recebidos em herança no exterior.
BENS
E DIREITOS NO EXTERIOR
440
— Como declarar os bens e direitos adquiridos no exterior?
Ncampo
“Discriminação”, informe os bens e direitos e o valor de aquisição em moeda
estrangeira, constante nos instrumentos de transferência de propriedade.
Informe, ainda, o montante de rendimentos auferidos originariamente em reais e/ou
em moeda estrangeira utilizados na aquisição.
No
campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”, informe o valor em reais dos bens e
direitos adquiridos.
O
valor de aquisição dos bens e direitos, quando expresso em moeda estrangeira,
deve ser convertido em dólares dos Estados Unidos da América pelo valor fixado
pela autoridade monetária do país emissor da moeda para a data da aquisição e,
em seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo Banco
Central do Brasil, para a data da aquisição.
IMÓVEL
RURAL
441
— Qual é o valor a ser informado na Declaração de Bens e Direitos no caso de
imóvel rural?
O
valor pago na aquisição do imóvel rural, em 2012, deve ser informado no campo
”Situação em 31/12/2012 (R$)”; o Valor da Terra Nua (VTN) constante na declaração
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) de 2012 deve ser
informado no campo “Discriminação”.
DEMOLIÇÃO
E CONSTRUÇÃO NO MESMO TERRENO
442
— Como declarar a demolição de residência para a construção de outra no mesmo
terreno?
A
demolição de residência deve ser informada no campo “Discriminação” da
Declaração de Bens e Direitos, informando o valor do bem demolido e os gastos
referentes a nova construção. Esses gastos devem ser somados ao custo de
aquisição informado no campo ”Situação em 31/12/2011 (R$)” e o resultado
declarado no campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”.
CONSÓRCIO
— CONTEMPLADO
443
— Como declarar bem adquirido por meio de consórcio?
Caso
o bem tenha sido recebido em 2012, informar no código 95, no campo ”Situação em
31/12/2011 (R$)”, o valor constante na Declaração de Ajuste Anual do exercício
de 2012, ano-calendário de 2011. Não preencher o campo “Situação em 31/12/2012
(R$)”.
No
código específico do bem, informar ncampo “Discriminação” os dados do bem e do
consórcio. Deixar em branco o campo ”Situação em 31/12/2011 (R$)”. No campo
”Situação em 31/12/2012 (R$)”, informar o valor declarado no Ano de 2011, no
código 95, acrescido dos valores pagos em 2012, inclusive do valor dado em
lance, se for o caso.
CONSÓRCIO
— NÃO CONTEMPLADO
444
— Como declarar consórcio ainda não contemplado?
No
caso de consórcio ainda não contemplado, informar o código 95 e os dados do
consórcio no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e Direitos.
No
campo ”Situação em 31/12/2011 (R$)”, repetir o valor já declarado no exercício
de 2012. No campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”, informar o valor declarado no
Ano de 2011, acrescido dos valores pagos em 2012.
IMÓVEL
ADQUIRIDO/QUITADO COM O FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO (FGTS)
445
— Como declarar imóvel adquirido ou quitado com a utilização do FGTS?
O
contribuinte deve informar no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e
Direitos a situação ocorrida, seja de aquisição ou quitação, com a utilização
de recursos oriundos do FGTS. Somar o valor do FGTS ao valor pago pela
aquisição e informar o resultado no campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”. Em
Rendimentos Isentos e Não tributáveis informar o valor do FGTS recebido.
CONTRATO
DE GAVETA
446
— Como declarar as aquisições efetuadas por meio de contrato particular de
compra e venda ou contrato de gaveta, quando a aquisição ocorre num determinado
ano-calendário e a escritura em cartório em outro ano-calendário?
O
contrato particular firmado entre construtora/agente financeiro ou pessoa
física e o adquirente é instrumento válido para configurar a aquisição do
imóvel, mesmo que o adquirente não tenha desembolsado qualquer quantia. Assim,
o adquirente deve informar os dados da aquisição no campo “Discriminação” e o
valor pago até 31 de dezembro, no campo da situação referente ao ano-calendário
do contrato.
DOAÇÃO
DE IMÓVEL — USUFRUTO
447
— Como declarar imóvel recebido em doação com cláusula de usufruto?
Na
Declaração de Bens e Direitos do donatário, no campo “Discriminação”, deve ser
informada a situação ocorrida, inclusive o nome e o Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) do usufrutuário. No campoNa ”Situação em 31/12/2012 (R$)” e, também, em
Rendimentos Isentos e Não tributáveis, o valor correspondente à
nua-propriedade.
Além
disto, na Declaração de Ajuste Anual do doador:
a)
se o imóvel doado já era do doador no ano anterior à doação, ele deve ser
baixado da sua Declaração de Bens e Direitos, informando no campo
“Discriminação” o nome e o CPF do beneficiário da doação, bem como, se o
usufruto foi instituído para terceiros, o nome e o CPF do usufrutuário (nesta
hipótese, o usufrutuário deve informar esta situação na sua Declaração de Bens
e Direitos, bem como o nome e o CPF do proprietário da nua-propriedade);
b)
se o imóvel doado foi adquirido pelo doador no ano da doação, ele deve ser
incluído em sua Declaração de Bens e Direitos, informando no campo
“Discriminação” os dados da aquisição, sem qualquer informação de valor, e o
nome e o CPF do beneficiário da doação, bem como, se o usufruto foi instituído
para terceiros, o nome e o CPF do usufrutuário (nesta hipótese, o usufrutuário
deve informar esta situação na sua Declaração de Bens e Direitos, e, ainda, o
nome e o CPF do proprietário da nua-propriedade).
Em
ambos os casos, quando o doador permaneceu com o usufruto, esta situação deve
ser informada em novo item da Declaração de Bens e Direitos, no campo
“Discriminação”, sem indicação de valor, salvo se foi atribuído valor ao
usufruto no documento de transmissão, correspondente ao valor efetivamente pago
como parte total da aquisição ou que deve ser calculado pela proporção relativa
ao usufruto constante deste documento aplicada sobre o valor total declarado ou
de aquisição do imóvel doado.
(Lei
nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 1.393)
LEASING
448
— Como declarar contrato de leasing de bens móveis?
Para
leasing realizado:
a)
com opção de compra exercida no final do contrato em 2012, utilize o código
relativo ao bem, e:
no campo “Discriminação”, informe os dados do bem e do contratante;
no campo ”Situação em 31/12/2011 (R$)”, informe os valores pagos até
31/12/2011, para leasing contratado até 2011, ou, no caso de leasing contratado
em 2012, deixe este campo “em branco”;
no campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”, informe o valor constante no
campo”Situação em 31/12/2011 (R$)”, se for o caso, acrescido dos valores pagos
em 2012, inclusive o valor residual;
b)
em 2012, com opção de compra a ser exercida no final do contrato, utilize o
código 96, e:
no campo “Discriminação”, informe os dados do bem, do contratante e o total
dos pagamentos efetuados;
não preencha os campos “Situação em 31/12/2011 (R$)” e ”Situação em
31/12/2012 (R$)”;
c)
até 2011, com opção de compra exercida no ato do contrato, utilize o código
relativo ao bem, e:
no campo “Discriminação”, informe os dados do bem e do contratante;
nos campos ”Situação em 31/12/2011 (R$)” e ”Situação em 31/12/2012 (R$)”,
informe o valor do bem;
em Dívidas e Ônus Reais, informe nos campos ”Situação em 31/12/2011 (R$)” e
”Situação em 31/122012 (R$)”, respectivamente, o saldo remanescente da dívida
em 31/12/2011 e em 31/12/2012.
d)
em 2012, com opção de compra exercida no ato do contrato, utilize o código
relativo ao bem, e:
no campo “Discriminação”, informe os dados do bem e do contratante;
não preencha o campo ”Situação em 31/12/2011 (R$)”;
no campo ”Situação em 31/12/2012 (R$)”, informe o valor do bem;
em Dívidas e Ônus Reais, informe o valor da dívida no campo ”Situação em
31/12/2012 (R$)”.
ATIVIDADE
RURAL — CONCEITOS GERAIS
TRIBUTAÇÃO
DO RESULTADO DA ATIVIDADE RURAL
449
— Como é tributado o resultado da atividade rural?
O
resultado da atividade rural, quando positivo, integrará a base de cálculo do
imposto na Declaração de Ajuste Anual. Para sua apuração, as receitas, as
despesas e os investimentos são computados mensalmente pelo regime de caixa.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 7º; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de
1995, art. 9º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do
Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 57, 67 e 68; Instrução Normativa SRF nº
83, de 11 de outubro de 2001, arts. 1º e 11)
FORMA
DE APURAÇÃO DO RESULTADO DA ATIVIDADE RURAL
450
— Qual é a forma de apuração do resultado da atividade rural da pessoa física?
O
resultado da exploração da atividade rural exercida pela pessoa física é
apurado mediante a escrituração do livro-caixa, abrangendo as receitas, as
despesas, os investimentos e demais valores que integram a atividade.
A
escrituração e a apuração devem ser feitas separadamente, por contribuinte e
por país, em relação a todas as unidades rurais exploradas individualmente, em
conjunto ou em comunhão em decorrência do regime de casamento.
Quando
a receita bruta total auferida no ano-calendário não exceder a R$ 56.000,00 é
facultada a apuração mediante prova documental, dispensada a escrituração do
livro-caixa, encontrando-se o resultado pela diferença entre o total das
receitas e o das despesas/investimentos.
Também
é permitido à pessoa física apurar o resultado pela forma contábil. Nesse caso,
deve efetuar os lançamentos em livros próprios de contabilidade, necessários
para cada tipo de atividade (Diário, Caixa, Razão etc.), de acordo com as
normas contábeis, comerciais e fiscais pertinentes a cada um dos livros
utilizados.
Ressalte-se
que, no caso de exploração de uma unidade rural por mais de uma pessoa física,
cada produtor rural deve escriturar as parcelas da receita, da despesa de
custeio, dos investimentos e dos demais valores que integram a atividade rural
que lhe caibam.
A
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) disponibiliza o programa
aplicativo Livro-Caixa da Atividade Rural para pessoa física que exerça a
atividade rural no Brasil ou no exterior, o qual permite a escrituração pelo
sistema de processamento eletrônico, no sítio
<http://www.receita.fazenda.gov.br>.
(Lei
nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 18; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 60; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 22 a 25)
INSUFICIÊNCIA
DE CAIXA
451
— Como deve proceder o contribuinte que, tendo escriturado as receitas e as
despesas (e investimentos) da atividade rural, encontra insuficiência de caixa
em qualquer mês do ano-calendário?
A
escrituração consiste em assentamentos das receitas, despesas de custeio,
investimentos e demais valores que integram a atividade rural, em livro-caixa.
As insuficiências de caixa apuradas devem estar inequivocamente justificadas
pelos rendimentos das demais atividades, rendimentos tributados exclusivamente
na fonte ou isentos e por adiantamentos ou empréstimos, subsídios e subvenções
obtidos, coincidentes em datas e valores, comprovados por documentação hábil e
idônea.
LIVRO-CAIXA
ELETRÔNICO
452
— É permitida a escrituração do livro-caixa eletronicamente?
É
permitida a escrituração do livro-caixa pelo sistema de processamento
eletrônico, com subdivisões numeradas em ordem sequencial ou tipograficamente.
O
livro-caixa independe de registro em órgão da Secretaria da Receita Federal do
Brasil (RFB) ou em qualquer repartição pública, deve ser numerado
sequencialmente e conter, no início e no encerramento, anotações em forma de
"Termos" que identifiquem o contribuinte e a finalidade do livro.
A
RFB disponibiliza o programa aplicativo do Livro-Caixa da Atividade Rural para
pessoa física que exerça a atividade rural no Brasil ou no exterior, no sítio
<http://www.receita.fazenda.gov.br>.
(;
Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda
– RIR/1999, art. 60; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 23, §§ 1º, 2º e 3º)
ENCERRAMENTO
DE ESPÓLIO OU SAÍDA DEFINITIVA
453
— Como deve ser tributado o resultado da atividade rural no caso de
encerramento de espólio ou saída definitiva do Brasil durante o ano-calendário?
Nesses
casos, o resultado da atividade rural exercida até a data da decisão judicial
da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens, ou da lavratura da escritura
pública de inventário, (encerramento de espólio) ou até o dia anterior à data
da aquisição da condição de não residente (saída definitiva do Brasil), quando
positivo, integrará a base de cálculo do imposto devido na Declaração Final de
Espólio ou na Declaração de Saída Definitiva do País.
Consulte
as perguntas 104 e 114
INSCRIÇÃO
NO CADASTRO DE IMÓVEIS RURAIS DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL
(ITR)
454
— Todas as pessoas que exploram imóvel rural estão obrigadas a inscrever-se no Cadastro
de Imóveis Rurais do ITR da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)?
Não.
De acordo com a legislação do ITR, estão obrigados a inscrever-se nesse
cadastro apenas o proprietário do imóvel rural, o possuidor a qualquer título
inclusive o usufrutuário e o titular de domínio útil (o enfiteuta/foreiro).
(Lei
nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, art. 4º)
CONTRATOS
AGRÁRIOS
455
— Como se distinguem os contratos agrários?
Os
contratos de arrendamento e parceria são basicamente semelhantes no que
concerne à natureza jurídica, pois em todos há cessão de uso e gozo de imóvel
ou de área rural, parte ou partes dos mesmos, incluindo, ou não, outros bens,
benfeitorias e facilidades, a outra pessoa ou ao conjunto familiar, pelo
proprietário, posseiro ou pessoa que tenha a livre administração dos bens, com
o objetivo de neles ser exercida atividade de exploração agrícola, pecuária,
agroindustrial, extrativa vegetal ou mista,porém, diferem substancialmente na
forma de remuneração do cedente:
a)
no arrendamento ou subarrendamento, o cedente (arrendador ou subarrendador)
recebe do arrendatário ou subarrendatário retribuição certa ou aluguel pelo uso
dos bens cedidos;
b)
na parceria ou subparceria, o cedente (parceiro-outorgante) partilha com o
parceiro-outorgado os riscos de caso fortuito e força maior, os frutos,
produtos ou lucros havidos, nas proporções estipuladas em contrato, e as
variações de preço dos frutos obtidos.
Por
outro lado, na propriedade em comum, copropriedade ou condomínio, os
proprietários, os coproprietários ou os condôminos partilham os riscos, frutos
ou resultados havidos, na proporção da parte que lhes caiba no total.
(Lei
nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, arts. 95 e 96; Decreto nº 59.566, de 14 de
novembro de 1966, arts. 1º a 15; Parecer Normativo CST nº 90, de 16 de outubro
de 1978)
ARRENDATÁRIO
E PARCEIRO
456
— Qual é a conceituação de arrendatário e parceiro?
Para
fins de exploração da atividade rural, conceitua-se como arrendatário ou
subarrendatário (também conhecido como locatário ou foreiro) e como
parceiro-outorgado ou subparceiro-outorgado (também conhecido como sócio,
meeiro, terceiro, quartista ou percentista) a pessoa ou o conjunto familiar
representado pelo seu chefe, que recebe o imóvel ou a unidade rural, parte ou
partes dos mesmos, incluindo, ou não, outros bens, benfeitorias e facilidades,
e neles exerce qualquer atividade agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa
vegetal ou mista, sob contrato de arrendamento ou parceria rural.
Atenção:
Para
ter plena validade perante o fisco, esses contratos devem ser comprovados por
instrumento escrito hábil e idôneo.
Arrendatário
e parceiros na exploração de atividade rural, bem como condôminos e cônjuges,
devem apurar o resultado, separadamente, na proporção das receitas e despesas
que couber a cada um.
(Lei
nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, arts. 95 e 96; Lei nº 8.023, de 12 de
abril de 1990, art. 13; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento
do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 59 e 64, parágrafo único; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 14 e 15)
MAIS
DE UM CONTRATO DE PARCERIA PARA A MESMA UNIDADE
457
— Como proceder quando no decorrer do ano-calendário for formalizado mais de um
contrato de parceria para a mesma unidade rural?
Os
parceiros ou subparceiros devem apurar, separadamente, os lucros ou prejuízos
vinculados a cada uma das situações ocorridas no período, na proporção dos
rendimentos e despesas que couberem a cada um, preenchendo o Demonstrativo da
Atividade Rural, quando a isso estiverem obrigados. Na declaração, cada
parceiro ou subparceiro outorgado adicionará o resultado, correspondente à
parcela que lhes couber na parceria, incluindo a soma de todos os contatos de
que participou, à base de cálculo do imposto na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 13; Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 59; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 14)
RENDIMENTOS
NO USUFRUTO
458
— Quem deve tributar os rendimentos de propriedade rural objeto de usufruto?
O
usufrutuário deve tributar os rendimentos de propriedade rural objeto de
usufruto de acordo com a natureza destes, ou seja, deve apurar o resultado da
atividade rural, desde que exerça essa atividade no referido imóvel; caso
contrário, o rendimento de qualquer outra natureza sujeita-se ao carnê-leão, se
recebido de pessoa física, ou à retenção na fonte, se pago por pessoa jurídica,
e, também, ao ajuste na declaração anual.
Ressalte-se
que o usufruto deve estar formalizado por escritura pública transcrita no
registro de imóvel competente.
ANIMAIS
EM PROPRIEDADE DE TERCEIROS
459
— Como são tributados os valores recebidos por pessoa física relativos a
animais que possua em propriedade de terceiros?
O
tratamento tributário é o seguinte:
1
- Se essa pessoa explora atividade rural na propriedade de terceiros como
arrendatário desta ou como parceiro, as quantias auferidas nessa atividade são
incluídas na receita da atividade rural explorada (Lei nº 8.023, de 12 de abril
de 1990; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 14).
2
- Excetuada a hipótese acima referida:
a)
os rendimentos auferidos na venda são tributados como ganho de capital, se esta
atividade não for exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro
de 1988, art. 3º, § 2º); ou
b)
se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, a pessoa física é
considerada empresário (empresa individual) equiparado a pessoa jurídica, sendo
seus lucros tributados nessa condição (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999
– Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 150, 541 e 542).
Consulte
a pergunta 460
(Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 2º e 5º; Parecer Normativo
CST nº 362, de 19 de maio de 1971; Parecer Normativo CST nº 90, de 16 de
outubro de 1978)
CONTRATOS
COM GADO
460
— Considera-se rendimento da atividade rural o ganho auferido por proprietário
de gado que entrega certa quantidade de animais à parte contratante, para
procriação ou terminação?
Uma
vez que os rendimentos devem ser classificados segundo a sua natureza, somente
é considerado rendimento da atividade rural, neste caso, aquele oriundo de
contrato de parceria em que haja partilha dos riscos, frutos, produtos e
resultados havidos, nas proporções estipuladas no contrato. Nos demais casos,
trata-se de arrendamento, pois o proprietário dos animais recebe retribuição
líquida e certa pelo prazo estipulado, sem qualquer risco, mesmo que o
rendimento seja predeterminado em número de reses no contrato.
Ressalte-se
que o ganho auferido com investimento em títulos representativos de animais
(tipo “boi gordo”) deve ser tributado exclusivamente na fonte conforme as
instruções contidas na resposta à pergunta 617.
(Lei
nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, art. 96; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 58; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso IV)
CAPTURA
IN NATURA DO PESCADO
461
— O que se considera exploração da atividade rural na captura in natura do
pescado?
Considera-se
atividade rural a captura in natura do pescado realizada por embarcações,
inclusive a exploração realizada em regime de parceria, desde que a exploração
se faça com apetrechos semelhantes aos da pesca artesanal (arrastões de praias,
redes de cerca etc.).
Atenção:
O
beneficiamento ou a industrialização de pescado in natura não são considerados
atividade rural para efeito do art. 2º da Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 57 e 58, inciso
IV; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 2º, inciso V)
PROPRIEDADE
DE MAIS DE UM BARCO PESQUEIRO
462
— A propriedade de mais de um barco pesqueiro, explorado em parceria,
descaracteriza a atividade rural?
Não.
Tal fato não implica equiparação a pessoa jurídica.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 58, inciso IV;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 2º, 5º e 14)
HOSPEDAGEM
DE ANIMAIS EM HARAS
463
— O rendimento decorrente da hospedagem de animais em haras é tributado na
atividade rural?
Não.
O valor correspondente a este rendimento não é tributado na atividade rural,
devendo ser tributado como aluguel ou arrendamento, sujeitando-se ao
carnê-leão, se recebido de pessoa física, ou à retenção na fonte, se pago por
pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na declaração anual.
(Lei
nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 21; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 49)
PASTEURIZAÇÃO
COM ACONDICIONAMENTO DO LEITE DE TERCEIROS
464
—Considera-se atividade rural a pasteurização, com acondicionamento do leite
produzido por terceiros?
Não.
A pasteurização, com acondicionamento, do leite, bem como o acondicionamento e
embalagem de apresentação do mel e do suco de frutas, são considerados
atividade rural apenas quando efetuados com produção própria.
(Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 2º e 4º)
ALUGUEL
DE PASTAGEM, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
465
— A receita correspondente ao aluguel de pastagens, máquinas e equipamentos é
tributada na atividade rural?
Não.
O valor correspondente a esse tipo de aluguel não é considerado receita da
atividade rural, devendo ser incluído como rendimento mensal sujeito ao
carnê-leão, se recebido de pessoa física, ou submetido à retenção na fonte, se
pago por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na declaração anual. O locador
ou arrendatário deve informar o valor total pago, o nome e o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do locatário ou arrendador na
Relação de Pagamentos e Doações Efetuados da sua declaração de rendimentos.
(Lei
nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 21; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 49; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso V)
RENDIMENTO
DA AVICULTURA
466
— O rendimento proveniente da exploração da avicultura é considerado como sendo
de atividade rural?
Sim.
A avicultura é considerada pela legislação tributária como atividade rural,
nela incluída a produção de ovos, que não se descaracteriza como tal, em
virtude da utilização de máquinas para lavagem, classificação e embalagem de
ovos.
Atenção:
O
fato de o produtor rural entregar, mediante contrato de prestação de serviços,
ovos férteis de sua produção, para que sejam incubados por terceiros, não
descaracteriza a atividade rural, uma vez que o risco da atividade permanece
com o produtor. A incubação faz parte da produção dos "pintinhos de um
dia", portanto é irrelevante se a mesma é executada pelo produtor ou por
terceiros.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 61; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 2º, inciso IV)
TURISMO
RURAL
467
— O turismo rural é considerado atividade rural?
Não.
As atividades de turismo rural, hotéis-fazenda, locais de passeio etc., não
constituem atividade rural.
(Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso XI)
IMÓVEL
RURAL NÃO EXPLORADO COM ATIVIDADE RURAL
468
— Como deve ser declarado o imóvel rural, com bens e benfeitorias, de contribuinte
que não explora a atividade rural?
O
imóvel rural, seus bens e benfeitorias devem constar na Declaração de Bens e
Direitos da Declaração de Ajuste Anual com a informação de que não é usado na
atividade rural. Deste modo,, quando alienados, sujeitam-se à apuração do ganho
de capital.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, arts. 117 a 142 e 798)
VENDA
DE ÁRVORES PLANTADAS
469
— Qual é o tratamento tributário dos rendimentos recebidos na venda de árvores
plantadas em propriedade rural?
Os
rendimentos recebidos na venda de árvores plantadas têm o seguinte tratamento:
1
- Se as árvores plantadas são decorrentes do cultivo de florestas exercido pelo
alienante, as quantias recebidas são incluídas na receita da atividade rural
explorada (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto
sobre a Renda – RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de
outubro de 2001, art. 5º; Parecer Normativo CST nº 362, de 19 de maio de 1971;
Parecer Normativo CST nº 90, de 16 de outubro de 1978; Parecer Normativo CST nº
176, de 1979).
2
- Se as árvores plantadas não são decorrentes do cultivo de florestas exercido
pelo alienante:
a)
os rendimentos auferidos na venda são tributados como ganho de capital, se esta
atividade não for exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro
de 1988, art. 3º, § 2º); ou
b)
se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, a pessoa física é considerada
empresário (empresa individual) equiparado a pessoa jurídica, sendo seus lucros
tributados nessa condição (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 –
Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 150, 541 e 542).
Atenção:
Considera-se
atividade rural o cultivo de florestas que se destinem ao corte para
comercialização, consumo ou industrialização (Lei nº 9.430, de 27 de dezembro
de 1996, art. 59).
Consulte
a pergunta 470
EXTRAÇÃO
DE MADEIRA E PRODUÇÃO DE CARVÃO
470
— Como devem ser declarados os rendimentos recebidos por pessoa física que
utilize área rural para extração de madeira ou produção de carvão?
O
tratamento tributário é o seguinte:
1
- Se a pessoa física exerce o cultivo de florestas utilizando-se do setor
secundário da economia, porém, por meio de procedimento que não configure
produção, ou pratique a exploração ou extração vegetal, as quantias recebidas
na venda da madeira extraída ou do carvão produzido são incluídas na receita da
atividade rural explorada (Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º,
inciso V, com redação dada pela Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.
17; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a
Renda – RIR/1999, art. 58; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, arts. 2º e 5º; Parecer Normativo CST nº 176, de 1970; Parecer Normativo
CST nº 90, de 16 de outubro de 1978).
2
- Excetuada a hipótese acima referida:
a)
os rendimentos auferidos na venda são tributados como ganho de capital, se esta
atividade não for exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro
de 1988, art. 3º, § 2º); ou
b)
se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, ou procedimento que
configure industrialização, a pessoa física é considerada empresário (empresa
individual) equiparado a pessoa jurídica, sendo seus lucros tributados nessa
condição (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto
sobre a Renda – RIR/1999, arts. 150, 541 e 542).
VENDA
DE MINÉRIO EXTRAÍDO DE PROPRIEDADE RURAL
471
— Os rendimentos recebidos pela pessoa física com a venda de minério extraído
de propriedade rural são tributados na atividade rural?
Não.
Os rendimentos recebidos na venda de minério extraído de propriedade rural têm
o seguinte tratamento:
1
- os rendimentos auferidos na venda são tributados como ganho de capital, se
esta atividade não for exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 22 de
dezembro de 1988, art. 3º, § 2º); ou
2
- se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, a pessoa física é
considerada empresário (empresa individual) equiparado a pessoa jurídica, sendo
seus lucros tributados nessa condição (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999
– Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 150, 541 e 542).
Atenção:
Quando
houver cessão de direitos para pesquisar e extrair os recursos minerais (metal
nobre, pedras preciosas, areia, aterro, pedreiras etc.), os rendimentos,
auferidos pelo cedente do direito, sujeitam-se à apuração do ganho de capital.
(Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso VI; Parecer
Normativo CST nº 228, de 10 de março de 1971)
VENDA
DE PRODUTOS DA ATIVIDADE RURAL AOS CENTROS DE ABASTECIMENTO
472
— Como devem ser considerados os rendimentos da pessoa física que vende
produtos de sua atividade rural diretamente a centros de abastecimento?
O
produtor rural que em seu nome vender produtos de sua atividade rural
diretamente a centros de abastecimento, fornecendo notas de venda para atender
às exigências do fisco estadual, não perde a condição de pessoa física, devendo
os rendimentos derivados dessa atividade compor o resultado da atividade rural.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 5º; Parecer Normativo CST nº 130, de 8 de julho de 1970)
HERANÇA
DE IMÓVEL RURAL COM PREJUÍZOS
473
— Como deve proceder a pessoa que recebe imóvel rural em herança, antes
explorado pela pessoa falecida, com prejuízos de exercícios anteriores?
Considerando
que o espólio é uma universalidade de bens e direitos, que há uma sucessão
legítima por transferência causa mortis e que o sucessor recebe o patrimônio na
mesma situação em que se encontrava quando em poder da pessoa falecida, sem
solução de continuidade, o saldo de prejuízos não compensado pelo de cujus pode
sê-lo pelo espólio e, após o encerramento do inventário, pelo meeiro ou herdeiro,
proporcionalmente à parcela da unidade rural recebida, desde que nela o meeiro
ou herdeiro continue a explorar atividade rural.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 65, § 2º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, arts. 11 e 12)
RENDIMENTOS
NO CURSO DO INVENTÁRIO
474
— Como devem ser declarados os rendimentos decorrentes da exploração da
atividade rural enquanto não encerrado o inventário?
Os
rendimentos próprios do espólio e 50% dos produzidos pelos bens comuns no curso
do inventário devem ser, obrigatoriamente, incluídos na declaração do espólio.
Opcionalmente, os rendimentos produzidos pelos bens comuns podem ser tributados
em sua totalidade na declaração do espólio.
(Decreto-Lei
n.º 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 45; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 12; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 15)
ADIANTAMENTO
UTILIZADO PARA AQUISIÇÃO DE BENS
475
— Adiantamento de recursos financeiros obtidos especificamente para emprego em
atividade rural pode ser utilizado para aquisição de bens não empregados nesta
atividade?
O
valor recebido por conta de adiantamento de recursos financeiros para aplicação
em custeio ou investimentos, referente a produto rural a ser entregue em ano
posterior, informado no campo “Apuração do Resultado Não Tributável” do
Demonstrativo da Atividade Rural, deve ser usado pelo contribuinte na forma
prevista no contrato firmado entre as partes, e, neste caso, os respectivos
valores não podem justificar acréscimo patrimonial.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, arts. 61, § 2º, e 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro
de 2001, art. 19)
EMPRÉSTIMOS
OU FINANCIAMENTOS RURAIS
476
— Os valores dos empréstimos ou financiamentos obtidos especificamente para
emprego em atividade rural podem justificar acréscimo patrimonial?
Preliminarmente,
deve-se comprovar se os empréstimos ou financiamentos obtidos especificamente
para emprego em atividade rural, ou seja, aplicação em custeio ou
investimentos, foram efetivamente utilizados nessa atividade, como estabelece o
art. 1º do Decreto-lei nº 167, de 14 de fevereiro de 1967. Em caso afirmativo,
os respectivos valores não podem justificar acréscimo patrimonial, devendo ser
informados em Dívidas Vinculadas à Atividade Rural do Demonstrativo da Atividade
Rural, o saldo devedor ao final do ano-calendário.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62, § 12; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art. 21)
PRODUTOS
ESTOCADOS E AINDA NÃO VENDIDOS
477
— Como devem ser informados os produtos da atividade rural exercida pelo
contribuinte estocados e ainda não vendidos?
Os
produtos da atividade rural exercida pelo contribuinte estocados e ainda não
vendidos, inclusive o produzido no ano-calendário a que se referir a
declaração, devem constar na ficha Bens da Atividade Rural, do Demonstrativo da
Atividade Rural, com a discriminação da quantidade e espécie dos produtos
existentes no final do ano, sem indicação do respectivo valor.
(Parecer
Normativo CST nº 85, de 16 de dezembro de 1977, item 3)
PRODUÇÃO
DE ALEVINOS E EMBRIÕES
478
— A produção de alevinos, girinos e embriões de rebanho é considerada atividade
rural?
Sim.
É atividade rural e os rendimentos dela decorrentes são assim tributados,
independentemente de sua destinação: reprodução ou comercialização.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 57 e 58;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 2º, inciso VI,
alínea “e”)
VENDA
DE PROPRIEDADE RURAL DURANTE O ANO-CALENDÁRIO
479
— Contribuinte que vendeu sua propriedade rural durante o ano-calendário está
obrigado a declarar os rendimentos dessa atividade?
Sim,
devendo apresentar normalmente o Demonstrativo da Atividade Rural, se a isto
estiver obrigado, e lançar, na Declaração de Ajuste Anual, o resultado positivo
apurado até a data da venda, sendo irrelevante o fato de haver vendido a
propriedade em qualquer período do ano-calendário. O mesmo procedimento deve
ser observado no caso de compra no ano-calendário. Além disso, deve ser apurado
o ganho de capital quanto à alienação da terra nua, se for o caso, bem como
tributada a receita com a venda de bens e benfeitorias, caso isto tenha
ocorrido.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999,
arts. 61 e 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 5º
e 9º; Parecer Normativo CST nº 131, de 1970; Parecer Normativo CST nº 132, de 8
de julho de 1970)
VENDA
DE REBANHO BOVINO — GANHO DE CAPITAL
480
— A receita auferida na venda de rebanho bovino anteriormente comprado, com
permanência em poder do contribuinte em prazo inferior a 52 dias, quando em
regime de confinamento, ou 138 dias nos demais casos, é tributada na atividade
rural?
Não.
O tratamento tributário é o seguinte:
1
- os rendimentos auferidos, na venda, são tributados como ganho de capital, se
esta atividade não for exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 1988, art.
3º, § 2º); ou
2
- se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, a pessoa física é considerada
empresário (empresa individual) equiparado a pessoa jurídica, sendo seus lucros
tributados nessa condição (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 –
Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 150, 541 e 542).
(Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso II)
ATIVIDADE
RURAL EXERCIDA NO EXTERIOR
481
— Como devem ser tributados os rendimentos decorrentes de atividade rural
exercida, no exterior, por residente no Brasil?
O
resultado da atividade rural exercida, no exterior, por residente no Brasil
(que deve ser apurado separadamente da atividade rural porventura exercida no
Brasil) quando positivo, integra a base de cálculo do imposto devido no
ano-calendário.
Na
apuração do resultado, que deve ser feita separadamente para cada país onde a
atividade rural foi exercida (na moeda original e posteriormente convertido
para US$) e em seguida totalizada pela soma algébrica do resultado em US$ de
cada país (posteriormente convertida para R$), são aplicadas as mesmas normas
previstas para o contribuinte que exerce a atividade no Brasil.
É
vedada a compensação de resultado total negativo do exterior com resultado
positivo do Brasil ou de resultado negativo do Brasil com resultado total
positivo do exterior, sendo, porém, permitida a compensação de resultado total
negativo do exterior com resultado total positivo do exterior de anos
posteriores, segundo as mesmas regras previstas para a compensação de prejuízos
apurados no Brasil.
O
imposto pago no exterior pode ser compensado na Declaração de Ajuste Anual até
o valor correspondente à diferença entre o imposto calculado com a inclusão do
resultado da atividade rural exercida no exterior e o imposto calculado sem a
inclusão desses rendimentos e desde que não seja restituído ou compensado no
país de origem, observados os acordos, tratados e convenções internacionais
firmados entre o Brasil e o país de origem dos rendimentos ou a existência de
reciprocidade de tratamento.
Atenção:
Os
dados declarados pelo contribuinte ficam sujeitos à comprovação com documentos
hábeis e idôneos, a critério da autoridade lançadora, quando esta o solicitar.
À falta destes, o rendimento proveniente da atividade rural no exterior
sujeita-se ao carnê-leão e, também, ao ajuste na declaração anual.
(Lei
nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 21; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 69 e 103;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 27 e 28;
Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 15)
ATIVIDADE
RURAL EXERCIDA NO BRASIL E NO EXTERIOR
482
— Como apurar a base de cálculo do imposto devido no caso de contribuinte
residente no Brasil exercer atividade rural no Brasil e no exterior?
A
base de cálculo é apurada da seguinte maneira:
a)
o resultado da atividade rural no Brasil deve ser calculado em relação a todas
as atividades rurais exploradas individualmente, em conjunto ou em comunhão em
decorrência do regime de casamento;
b)
o resultado da atividade no exterior deve ser calculado separadamente da
atividade rural exercida no Brasil e para cada país onde a atividade rural foi
exercida (na moeda original e posteriormente convertido para US$) e em seguida
totalizado pela soma algébrica do resultado em US$ de cada país (posteriormente
convertida para R$), sendo aplicadas as mesmas normas previstas para o
contribuinte que exerce a atividade no Brasil;
c)
é vedada a compensação de resultado total negativo do exterior com resultado
positivo do Brasil ou de resultado negativo do Brasil com resultado total
positivo do exterior, sendo, porém, permitida a compensação de resultado
negativo com o positivo, ambos no Brasil, bem como de resultado total negativo
do exterior com resultado total positivo do exterior de anos posteriores,
segundo as mesmas regras previstas para a compensação de prejuízos apurados no
Brasil;
d)
deve ser preenchido o Demonstrativo da Atividade Rural tanto na parte referente
à atividade exercida no Brasil, quanto à exercida no exterior;
e)
o programa IRPF2013 automaticamente consolida o resultado tributável da
atividade rural exercida no exterior, quando positivo, com o resultado
tributável da atividade rural exercida no Brasil, quando positivo, para efeito
de apuração da base de cálculo do imposto;
f)
o imposto pago no exterior pode ser compensado na Declaração de Ajuste Anual
até o valor correspondente à diferença entre o imposto calculado com a inclusão
do resultado da atividade rural exercida no exterior e o imposto calculado sem
a inclusão desses rendimentos e desde que não seja restituído ou compensado no
país de origem, observados os acordos, tratados e convenções internacionais
firmados entre o Brasil e o país de origem dos rendimentos ou a existência de
reciprocidade de tratamento.
(Lei
nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 9º e 21; Decreto nº 3.000, de 26 de
março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 68, 69 e
103; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 27 e 28;
Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 15)
ATIVIDADE
RURAL EXERCIDA NO BRASIL POR NÃO RESIDENTE
483
— Como devem ser tributados os rendimentos decorrentes de atividade rural
exercida no Brasil por não residente no país?
O
resultado da atividade rural exercida no Brasil por não residente no país deve
ser apurado por ocasião do encerramento do ano-calendário, segundo as mesmas
normas previstas para quem seja residente no Brasil, constitui a base de
cálculo do imposto e é tributado à alíquota de 15%. Quando recebido por
residente em país com tributação favorecida, a alíquota é de 25%.
A
apuração deve ser feita por procurador, a quem compete reter e recolher o
imposto devido.
O
imposto apurado deve ser pago na data da ocorrência do fato gerador.
Ocorrendo
remessa de valores antes do encerramento do ano-calendário (exceto no caso de
devolução de capital), o imposto deve ser recolhido no ato sobre o valor
remetido por ocasião do evento.
Na
apuração do resultado da atividade rural exercida no Brasil por não residente
no país não são permitidas:
a)
opção pelo limite da base de cálculo à razão de 20% sobre a receita bruta; e
b)
compensação de prejuízo apurado.
(Lei
nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 9º e 20; Instrução Normativa SRF nº
83, de 11 de outubro de 2001, art. 26; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de
setembro de 2002, art. 42, caput e § 3º)
IMPOSTO
PAGO NO EXTERIOR
484
— Como compensar o imposto pago no exterior referente à atividade rural?
O
imposto pago no exterior pode ser compensado na Declaração de Ajuste Anual até
o valor correspondente à diferença entre o imposto calculado com a inclusão do
resultado da atividade rural exercida no exterior e o imposto calculado sem a
inclusão desses rendimentos e desde que não seja restituído ou compensado no
país de origem, observados os acordos, tratados e convenções internacionais
firmados entre o Brasil e o país de origem dos rendimentos ou a existência de
reciprocidade de tratamento.
(Lei
nº 4.862, de 29 de novembro de 1965, art. 5º; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 103; Instrução
Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 15)
DESOBRIGAÇÃO
DE PREENCHER O DEMONSTRATIVO DA ATIVIDADE RURAL
485
— Como deve proceder o contribuinte obrigado à apresentação da Declaração de
Ajuste Anual e desobrigado do preenchimento do Demonstrativo da Atividade
Rural, em relação aos bens destinados à exploração da atividade rural?
O
contribuinte deve declará-los, neste ano, na Declaração de Bens e Direitos da
própria Declaração de Ajuste Anual, sem indicação do respectivo valor,
ficando-lhe assegurado o direito de declará-los no Demonstrativo da Atividade
Rural, no primeiro exercício em que estiver novamente obrigado a apresentá-lo.
Entretanto,
caso pretenda compensar, no ano-calendário de 2012 ou posteriores, resultados
negativos (prejuízos) de anos–calendário anteriores ou do próprio
ano-calendário de 2012, deve apresentar a Declaração de Ajuste Anual por meio
do Programa IRPF 2013, com o preenchimento do Demonstrativo da Atividade Rural.
ALIENAÇÃO
DE PROPRIEDADE RURAL
486
— Como se apura o imposto relativo à alienação de propriedade rural?
Inicialmente
deve-se destacar que na alienação de propriedade rural pode ocorrer a alienação
apenas da terra nua (sobre a qual se apura o ganho de capital), ou da terra nua
mais benfeitorias. Caso o instrumento de transmissão identifique separadamente
o valor de alienação da terra nua e das benfeitorias e o custo dessas
benfeitorias (tanto as adquiridas pelo alienante quanto as por este realizadas)
tenha sido deduzido como custo ou despesa da atividade rural, o valor de sua
alienação deve ser oferecido a tributação como receita da atividade rural.
Quando
o instrumento de transmissão não identificar separadamente o valor de alienação
da terra nua e das benfeitorias, o valor dessas deve ser apurado por meio de
cálculo específico, conforme regras que constam nas perguntas a seguir
indicadas.
Atenção:
Caso
o custo das benfeitorias (tanto as adquiridas pelo alienante quanto as por este
realizadas) não tenha sido deduzido como custo ou despesa da atividade rural, o
seu valor integra o custo de aquisição para fins de apuração do ganho de
capital, sobre o valor total da alienação.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 5º; § 2º, inciso III; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de
2001, art. 3º)
RECOLHIMENTO
COMPLEMENTAR
487
— O resultado tributável apurado na atividade rural pode compor a base de
cálculo do recolhimento complementar?
Sim.
É facultado ao contribuinte efetuar o recolhimento complementar sobre o
resultado tributável da atividade rural. O código de recolhimento no Documento
de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) é 0246.
(Lei
nº 8.383, de 1991, art. 7º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 –
Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 114; Instrução Normativa
SRF nº 15, de 6 de fevereiro de 2001, arts. 25 a 27 e 60)
VALOR
RECEBIDO EM PRODUTOS RURAIS POR TERRA CEDIDA
488
— Considera-se receita da atividade rural o valor recebido em produtos rurais
por proprietário de terra cedida, por exemplo, a usina de açúcar, quando esta
assume os custos do plantio à colheita da produção?
Para
ser considerado como receita da atividade rural, este valor deve ser decorrente
de um contrato de parceria rural, caso contrário, trata-se de arrendamento
sujeito à retenção na fonte e, também, ao ajuste na declaração anual.
Consulte
a pergunta 455
(Lei
nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 21; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 49; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º)
TRANSFERÊNCIA
DE BENS E BENFEITORIAS NA HERANÇA, DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL OU DOAÇÃO
489
— Qual é o tratamento tributário da transferência dos bens e benfeitorias na
herança, dissolução da sociedade conjugal ou doação, quando recebidos pelos
sucessores legítimos, ex-cônjuges ou donatários?
I
- Caso o custo dos bens e benfeitorias que estejam sendo transferidos tenha
sido deduzido como custo ou despesa da atividade rural, pelo espólio,
ex-cônjuge ou doador, o tratamento tributário é o seguinte:
1.
Espólio, ex-cônjuge ou doador que entrega os bens e benfeitorias:
No
mês da partilha, dissolução ou doação, com a entrega efetiva dos bens e
benfeitorias, deve ser incluído como receita da atividade rural o valor
correspondente à recuperação de custos (custo histórico) ou do valor de mercado
a eles atribuído;
2.
Sucessores legítimos, ex-cônjuge ou donatários que recebem os bens e
benfeitorias:
a)
Caso continuem a exploração da atividade rural na unidade recebida, deduzem como
despesa da atividade rural no mês da partilha, dissolução ou doação o valor
incluído como receita pelo espólio, ex-cônjuge ou doador e não incluem os bens
e benfeitorias na Declaração de Bens e Direitos, devendo informá-los no campo
“Discriminação” da Declaração de Bens do Demonstrativo da Atividade Rural,
identificando-os de forma minuciosa, sem qualquer valor;
b)
Caso não continuem a exploração da atividade rural na unidade recebida:
informam, na Declaração de Bens e Direitos, os bens e benfeitorias recebidos,
especificando-os não campo “Discriminação”, deixando em branco o campo
”Situação em 31/12/2011 (R$)”, e incluindo no campo ”Situação em 31/12/2012
(R$)”, o valor incluído como receita pelo espólio, ex-cônjuge ou doador.
Em
qualquer das hipóteses acima, os sucessores legítimos, os ex-cônjuges ou os
donatários que recebem os bens e benfeitorias informam o valor incluído como
receita pelo espólio, ex-cônjuge ou doador como rendimento isento na Declaração
de Ajuste Anual.
II
- Caso o custo dos bens e benfeitorias que estejam sendo transferidos não tenha
sido deduzido como custo ou despesa da atividade rural, pelo espólio,
ex-conjuge ou doador, o seu valor integra o custo de aquisição, podendo ser
somado ao valor da terra nua, para efeito de eventual apuração de ganho de
capital, se for o caso.
Atenção:
Caso
o de cujus tenha recebido adiantamento de recursos financeiros por conta
de venda para entrega futura, a qual não foi feita e ficou a cargo do meeiro(a)
ou dos sucessores legítimos, a receita correspondente é tributada como
rendimento da atividade rural destes, caso continuem a exploração da atividade
rural na unidade recebida, ou do espólio caso não encerrado o inventário, no
mês da entrega dos produtos (Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art. 19).
(Lei
nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; Instrução Normativa SRF nº 84, de
11 de outubro de 2001, art. 20)
Consulte
a pergunta 574
ALIENAÇÃO
DE IMÓVEL RURAL E BENFEITORIAS — CONVERSÃO POR ÍNDICE DE PRODUTOS RURAIS
490
— Como deve o contribuinte tributar a variação ocorrida entre a data da venda e
a do efetivo recebimento, no caso de alienação de imóvel rural com recebimento
parcelado atualizado por índice de cotação de produtos rurais?
Na
alienação de imóvel rural com valor de alienação recebido parceladamente e
atualizado por índice de cotação de produtos rurais (arroba de boi ou vaca,
saca de soja ou milho etc.), o imposto deve ser apurado da forma a seguir
descrita.
1
- Contribuinte possui imóvel rural sem benfeitorias ou com benfeitorias que não
foram deduzidas como despesas de custeio ou investimentos da atividade rural em
anos anteriores
Nesse
caso, apura-se o ganho de capital em relação ao valor total da alienação,
podendo o valor das benfeitorias, se existentes, integrar o custo (Decreto nº
3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, arts. 117 a 142).
Os
acréscimos auferidos no negócio, correspondentes à variação positiva do índice
combinado, devem ser tributados em separado do ganho de capital, sujeitando-se
ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), se recebidos de pessoa física,
ou à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na
declaração anual.
2
- Contribuinte possui imóvel rural com benfeitorias, que foram deduzidas como
despesas de custeio ou investimentos da atividade rural em anos anteriores
Nesse
caso, apura-se o ganho de capital em relação apenas ao valor da terra nua,
devendo a receita correspondente às benfeitorias ser tributada como da
atividade rural.
Os
acréscimos auferidos no negócio, correspondentes à variação positiva do índice
combinado, devem ser tributados:
a)
em relação à terra nua, em separado do ganho de capital, sujeitando-se ao
recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), se recebidos de pessoa física, ou
à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na
declaração anual;
b)
em relação às benfeitorias, como receita da atividade rural, juntamente com o
valor original recebido pela venda destas.
Atenção:
Caso
a variação do índice contratado resulte em diminuição do valor a pagar em
relação ao previsto originalmente, não haverá redução na base de cálculo do
ganho de capital.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, arts. 61, 117 a 142; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro
de 2001, arts. 5º, § 2º, inciso III, e 18; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11
de outubro de 2001, art. 3º)
Consulte
as perguntas 486, 599 e 600
ALIENAÇÃO
DE BEM RURAL — CONVERSÃO POR ÍNDICE DE PRODUTOS RURAIS
491
— Como deve o contribuinte tributar a variação ocorrida entre a data da venda e
a do efetivo recebimento, no caso de alienação de bens móveis da atividade
rural com recebimento parcelado atualizado por índice de cotação de produtos
rurais?
Na
alienação de bens móveis da atividade rural com valor de alienação recebido
parceladamente e atualizado por índice de cotação de produtos rurais (arroba de
boi ou vaca, saca de soja ou milho etc.), o imposto deve ser apurado da forma a
seguir descrita.
1
- Contribuinte não deduziu o valor dos bens móveis como despesas de custeio ou
investimentos da atividade rural em anos anteriores
Nesse
caso, apura-se o ganho de capital em relação ao valor total da alienação
(Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a
Renda – RIR/1999, arts. 117 a 142).
Os
acréscimos auferidos no negócio, correspondentes à variação positiva do índice
combinado, devem ser tributados em separado do ganho de capital, sujeitando-se
ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), se recebidos de pessoa física,
ou à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na
declaração anual.
2
- Contribuinte deduziu o valor dos bens móveis como despesas de custeio ou
investimentos da atividade rural em anos anteriores
Nesse
caso, o valor original recebido pela venda dos bens móveis e os acréscimos
auferidos no negócio, correspondentes à variação positiva do índice combinado,
devem ser tributados como receita da atividade rural.
Caso
se trate de bens alienados juntamente com imóvel rural, sem que o instrumento
de transmissão identifique separadamente seu valor, deve ser apurada a parcela
da receita correspondente à alienação dos bens, por meio de cálculo específico,
conforme regras constantes da pergunta a seguir indicada.
Atenção:
Caso
a variação do Índice contratado resulte em diminuição do valor a pagar em
relação ao previsto originalmente, não haverá redução na base de cálculo do
ganho de capital.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61, §§ 1º e 4º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro
de 2001, arts. 5º, § 2º e 18)
Consulte
a pergunta 506
Retorno
ao sumário 206
FUNDO
DE LIQUIDEZ
492
— Qual é o tratamento tributário das operações referentes à linha de crédito
destinada a financiar a liquidação de dívidas de produtores rurais de que trata
a Lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007?
No
caso de pessoa física, os valores das participações para constituição do fundo
de liquidez de que trata o artigo 3º da referida lei poderão ser considerados
como despesa da atividade rural, enquanto que os bônus de adimplência de que
trata o inciso III do § 1º do mesmo artigo serão classificados como receita da
atividade rural.
(Lei
nº 11.524, de 24 de setembro de 2007, art. 3º; Ato Declaratório Interpretativo
RFB nº 18, de 6 de dezembro de 2007)
VARIAÇÃO
CAMBIAL
493
— Qual é o tratamento tributário da variação cambial apurada quando da
liquidação de empréstimos obtidos em moeda estrangeira?
O
valor da variação cambial apurada no momento da liquidação de empréstimo obtido
em moeda estrangeira, pela diferença em comparação com o valor contratado, será
considerado receita ou despesa da atividade rural, conforme o caso, na data de
pagamento de cada parcela.
ATIVIDADE
RURAL — RECEITAS
VALOR
DO ARRENDAMENTO RECEBIDO EM PRODUTOS
494
— Como deve proceder o contribuinte que receber, em produtos rurais, o valor
correspondente a determinado arrendamento rural?
O
valor dos produtos rurais deve ser convertido em moeda pelo preço corrente de mercado,
no mês do recebimento, ou pelo preço mínimo oficial, o maior dos dois,
sujeitando-se ao carnê-leão, se recebido de pessoa física, ou à retenção na
fonte, se pago por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na declaração anual.
Quando
estes bens forem vendidos, o contribuinte deve apurar o ganho de capital
considerando como custo o valor anteriormente a eles atribuído como rendimento
(para efeito da apuração da base de cálculo do carnê- leão ou da retenção na
fonte).
(Decreto-Lei
nº 5.844, de 1943, art. 198; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 –
Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 994; Decreto nº 59.566,
de 14 de novembro de 1966, arts. 16, 18 e 19)
TRIPULAÇÃO
DE BARCOS PESQUEIROS
495
— Como são considerados os rendimentos recebidos pela pessoa física tripulante
de barcos pesqueiros?
Os
rendimentos derivados das atividades de captura e venda in natura do pescado
são oriundos da exploração animal e consideram-se da atividade rural.
Os
rendimentos da pessoa física tripulante de barcos pesqueiros têm o seguinte
tratamento:
1
- quando à pessoa física couber parte ou quinhão nos resultados da pesca,
equipara-se a parceiro rural para os efeitos do imposto sobre a renda. Não é
tributável na fonte ou no carnê-leão o quinhão ou a parte de cada um, por
ocasião do rateio do produto da pesca, pois constitui rendimento da atividade
rural;
2
- quando a pessoa física exercer as suas funções mediante contrato de trabalho
com vínculo empregatício, de conformidade com o que prescreve a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), as quantias recebidas são rendimentos do trabalho e
sujeitam-se à tributação na fonte e, também, ao ajuste na declaração anual;
3
- no caso de a pessoa física prestar serviço sem vínculo empregatício, os
valores recebidos sujeitam-se ao carnê-leão, se recebidos de pessoas físicas,
ou à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na
declaração anual.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 13; Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 57 e 58;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 14; Parecer
Normativo CST nº 129, de 1970; Parecer Normativo CST nº 68, de 14 de setembro
de 1976)
ADIANTAMENTOS
RECEBIDOS RELATIVOS A PRODUTO RURAL
496
— Como devem ser considerados os valores recebidos em adiantamento relativo a
venda de produto rural a ser entregue em ano posterior ao financiador?
Como
o contrato de compra e venda de coisa futura configura modalidade de ato
jurídico sob condição suspensiva, ou seja, modalidade em que a eficácia do ato
jurídico fica pendente de evento futuro, o fato gerador da obrigação tributária
somente ocorre com o implemento da condição, isto é, com a materialização da
coisa futura (produção rural) e sua venda ao financiador.
Dessa
forma, a importância paga pela aquisição da produção, referente à parte
contratada que o produtor tenha recebido como antecipação, deve ser computada
como receita somente no mês do ano-calendário em que a condição se implementar,
ou seja, no mês em que a venda se concluir com a entrega efetiva dos produtos.
Caso
haja devolução de valor antes da efetiva entrega do produto rural, este valor
deve ser diminuído da importância recebida por conta da venda, porém, se houver
devolução depois da entrega efetiva do produto rural, este valor constituirá
despesa no mês da devolução.
O
valor recebido por conta de adiantamento de recursos financeiros, referente a
venda de produto rural a ser entregue em ano posterior, deve ser informado na
linha própria da Apuração do resultado não tributável do Demonstrativo da
Atividade Rural.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61, § 2º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art. 19)
Consulte
a pergunta 497
ADIANTAMENTOS
RECEBIDOS EM ANOS ANTERIORES.
497
— Como tributar os adiantamentos recebidos em anos anteriores relativos a
produto rural entregue no ano-calendário que se está declarando?
Os
valores que não tiverem sido computados como receita no exercício financeiro
correspondente ao seu recebimento, em função de terem se constituído em
adiantamentos por conta de venda para entrega futura recebidos em anos
anteriores, devem ser considerados nos anos posteriores como receita da
atividade rural no mês da efetiva entrega do produto rural.
Caso
haja devolução de valor antes da efetiva entrega do produto rural, este valor
deve ser diminuído da importância recebida por conta da venda, porém, se houver
devolução após a entrega efetiva do produto rural, este valor constituirá
despesa no mês da devolução.
Além
disso, estes valores devem ser informados na linha própria da Apuração do
Resultado Não Tributável do Demonstrativo da Atividade Rural.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61, § 2º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art.19)
DEVOLUÇÃO
DE COMPRAS
498
— Qual é o tratamento tributário do valor recebido em moeda corrente do
fornecedor, decorrente da devolução de bens e insumos rurais anteriormente
adquiridos e pagos?
Caso
a devolução ocorra no mesmo ano-calendário do pagamento da aquisição, este
valor deve ser diminuído da importância considerada como despesa, porém, se
houver a devolução no ano-calendário seguinte (ou seguintes), este valor
constituirá receita da atividade rural no mês do recebimento.
CESSÃO
DE DIREITO DE BEM DESTINADO À ATIVIDADE RURAL
499
— Considera-se receita da atividade rural a cessão de direito à aquisição, por
meio de consórcio, de bem destinado à atividade rural?
Não,
tributa-se como ganho de capital a transferência (cessão de direito à aquisição
de bem) enquanto não recebido o bem. Entretanto, no caso de bem já contemplado,
considera-se receita da atividade rural o valor recebido pela cessão do próprio
bem.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62, §§ 5º e 6º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro
de 2001, arts. 5º, e 17, §§ 2º e 3º)
VALORES
RECEBIDOS DE ÓRGÃOS PÚBLICOS
500
— Devem ser consideradas como receita de atividade rural as importâncias
recebidas de órgãos públicos para reembolso do custo operacional?
Os
valores recebidos de órgãos públicos, tais como auxílios, subvenções,
subsídios, Aquisições do Governo Federal (AGF), Prêmio Equalizador Pago ao
Produtor (Pepro) e as indenizações recebidas do Programa de Garantia da
Atividade Agropecuária (Pro-Agro) são considerados como receita da atividade
rural no mês em que forem recebidos.
Atenção:
Também
classificam-se como receita da atividade rural os valores recebidos a título de
crédito tributário, como, por exemplo, as transferências de crédito de Imposto
sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS),
quando previstas nas respectivas legislações.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 5º, § 2º, inciso I)
RECEBIMENTO
DE SEGURO
501
— Qual é o tratamento tributário do valor recebido por liquidação de sinistro,
furto ou roubo de insumos, bens ou produtos rurais?
O
valor recebido das companhias seguradoras, nestes casos, deve ser considerado
receita da atividade rural, com o mesmo efeito de ter sido alienado, tendo em
vista a anterior apropriação destes itens como custo ou despesa daquela
atividade.
NOTA
PROMISSÓRIA RURAL
502
— Como devem ser consideradas as receitas provenientes de vendas efetuadas a
prazo, com emissão de nota promissória rural a vencer em outro ano-calendário?
Os
valores correspondentes à venda a prazo, vinculada à emissão de notas
promissórias rurais, são considerados como receita da atividade rural no mês em
que o vendedor vier a receber efetivamente o pagamento garantido pelos títulos.
(Decreto-lei
nº 167, de 14 de fevereiro de 1967, arts. 42 e 43; Decreto nº 3.000, de 26 de
março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 61;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 18; Parecer
Normativo CST nº 1, de 4 de fevereiro de 1985)
DECISÃO
JUDICIAL
503
— Como devem ser tributados as receitas da atividade rural, a atualização
monetária e os juros recebidos em decorrência de decisão judicial, em virtude
de mora do devedor?
Independentemente
do ano a que se refiram, todos esses valores são considerados receita da
atividade rural apenas no mês de seu efetivo recebimento.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 18)
PRODUTO
RURAL VENDIDO POR COOPERATIVA
504
— Quando se apropria a receita no caso de produto rural vendido por intermédio
de cooperativa?
Como
o ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e
venda de mercadoria ou produto, e como a entrega de produto rural do cooperado
à sua cooperativa não significa mais do que a outorga de poderes, o cômputo
como receita e a tributação dos rendimentos deve ocorrer no momento do
recebimento do produto da venda de produto agropecuário realizado pela
sociedade cooperativa.
Ressalte-se
que integram também a receita da atividade rural as sobras líquidas decorrentes
da comercialização de produtos agropecuários, apuradas na demonstração de
resultado do exercício – sobras ou perdas líquidas e quando pagas, creditadas
ou distribuídas pelas sociedades cooperativas de produção agropecuária ou
agroindustrial aos cooperados produtores rurais.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 5º; Parecer Normativo CST nº 66, de 5 de setembro de 1986)
ANIMAIS,
PRODUTOS OU BENS RURAIS ENTREGUES PARA INTEGRALIZAÇÃO DE QUOTAS
505
— Animais, produtos ou bens rurais entregues para integralizar quotas
subscritas em sociedade (empresa rural) configuram receita da atividade rural?
Sim,
a entrega de animais, produtos ou bens rurais para integralização de capital em
sociedade por quotas implica obtenção de receita e, em consequência, deve
compor o resultado da atividade rural. O valor pelo qual os animais, produtos
ou bens rurais forem transferidos deve ser incluído como receita para apuração
do rendimento tributável.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 5º, § 2º, inciso V)
VALOR
DOS BENS OU BENFEITORIAS VENDIDOS
506
— Qual é o valor de alienação a ser atribuído aos bens ou benfeitorias vendidos
juntamente com a terra nua, quando no instrumento de transmissão não constar em
separado seu valor?
No
caso de alienação de bens ou benfeitorias juntamente com a terra nua, sem que o
instrumento de transmissão identifique separadamente o valor da terra nua, o
valor de venda a ser atribuído aos bens ou benfeitorias é determinado da
maneira a seguir descrita.
1
- Contribuinte computou como despesa da atividade rural os bens ou
benfeitorias:
a)
calcula-se o valor dos bens ou benfeitorias que foram deduzidos como custo ou
despesa na apuração do resultado da atividade rural da seguinte forma:
os valores apropriados nos anos-calendário de 1990 e 1991, em moeda, devem
ser convertidos em Ufir pelo valor de Cr$ 597,06 e reconvertidos para reais
pelo valor de R$ 0,6767;
os valores apropriados no período de 01/01/1992 a 31/12/1994 em Ufir,
mediante a divisão pelo seu valor no mês do pagamento do bem, devem ser
reconvertidos para reais pelo valor de R$ 0,6767;
os valores apropriados a partir de 01/01/1995 devem ser considerados pelo
seu valor original em reais.
b)
determina-se a relação percentual entre o valor dos bens ou benfeitorias
computadas como despesa, que corresponde ao total em reais apurado conforme a
alínea "a", e o custo total em reais do patrimônio alienado, ou seja,
do imóvel rural (terra nua e benfeitorias) somado ao dos bens;
c)
aplica-se o percentual apurado na alínea "b" sobre o valor de
alienação do patrimônio, constante do instrumento de transmissão. Essa quantia
deve ser oferecida à tributação como receita da atividade rural e a diferença
entre o valor total de alienação e esta quantia será considerada valor de
alienação da terra nua para cálculo do ganho de capital.
2
- Contribuinte não computou como despesa da atividade rural os bens ou
benfeitorias:
Nesse
caso, os rendimentos auferidos na venda dos bens ou benfeitorias são tributados
como ganho de capital, a ser apurado separadamente para os bens,
considerando-se:
a)
como custo de aquisição, o valor em reais, separadamente dos bens e das
benfeitorias, constante na ficha de Bens e Direitos de sua declaração de
rendimentos, somando-se em seguida o valor das benfeitorias ao da terra nua, ou
zero, caso não tenha sido incluído na ficha de Bens e Direitos; e
b)
como valor de alienação, a parcela do valor recebido na venda do patrimônio
correspondente aos bens e às benfeitorias, a ser calculada da seguinte forma:
b.1)
determina-se a relação percentual entre o custo de aquisição em reais dos bens,
e posteriormente em separado das benfeitorias, e o custo total em reais do
patrimônio alienado, ou seja, do imóvel rural (terra nua e benfeitorias) somado
ao dos bens. Caso os bens ou benfeitorias não tenham sido incluídos na ficha de
Bens e Direitos, o contribuinte deve providenciar um laudo de avaliação de
acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
relativo à data da alienação, para determinar a relação percentual entre o
valor dos bens ou benfeitorias e o do patrimônio alienado;
b.2)
aplica-se o percentual apurado conforme o item anterior sobre o valor de
alienação do patrimônio, constante do instrumento de transmissão;
b.3)
o valor encontrado relativo às benfeitorias deve ser somado ao valor da terra
nua, enquanto que o relativo aos bens deve ser considerado isoladamente.
Atenção:
Em
qualquer das hipóteses, o valor de alienação da terra nua não constitui receita
da atividade rural e sujeita-se à apuração do ganho de capital.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 4º, § 3º; Decreto nº 3.000, de 26 de
março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 61 e 117
a 142; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 5º e 9º)
DOCUMENTO
DE VENDA DE BENS E BENFEITORIAS
507
— Qual é o documento que comprova a venda de bens e benfeitorias utilizados na
atividade rural?
A
receita decorrente da venda de bens e benfeitorias deve ser sempre comprovada
por documentos reconhecidos pelas fiscalizações estaduais, por instrumentos de
transmissão, quando alienados juntamente com o imóvel rural, ou por documentos
hábeis e idôneos, inclusive recibos, onde necessariamente devem constar as
informações do adquirente, o preço, a data da operação e as condições de
pagamento.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 6º)
VENDA
DE BENS POSTERIORMENTE À ALIENAÇÃO DO IMÓVEL RURAL
508
— Qual é o tratamento tributário do valor obtido na venda de bens da atividade
rural em mês posterior ao da alienação do imóvel rural por pessoa física que
nele exercia esta atividade?
Os
bens (tratores, utilitários e demais equipamentos), quando adquiridos e
utilizados na exploração da atividade rural, são considerados investimentos e
deduzidos como despesa na apuração do resultado.
Caso
isto tenha ocorrido, o resultado da atividade rural deve ser ajustado pela
inclusão como receita, no mês da alienação da propriedade rural, do valor
correspondente à recuperação de custos (custo histórico) ou do valor de mercado
a eles atribuído.
Quando
estes bens forem posteriormente vendidos, o contribuinte deve apurar o ganho de
capital considerando como custo o valor anteriormente a eles atribuído como
receita (recuperação de custos ou valor de mercado) para efeito da apuração do
resultado da atividade rural no mês da venda da propriedade.
Entretanto
se ele voltar a explorar a atividade rural, após alguma interrupção, poderá
novamente considerar como custo desta atividade o valor anteriormente a eles
atribuído como receita (recuperação de custos ou valor de mercado).
Se
o contribuinte prosseguir sem interrupção na exploração da atividade rural,
transferindo esses bens para outro imóvel rural, a venda deles será considerada
receita da atividade rural no mês do efetivo recebimento.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 5º)
VENDA
DE PRODUTO RURAL POSTERIORMENTE À ALIENAÇÃO DO IMÓVEL RURAL
509
— Qual é o tratamento tributário do valor obtido na venda de produto rural em
data posterior à da alienação do imóvel rural no qual ele foi produzido?
O
valor recebido na venda de produto rural deve ser tributado pelo
ex-proprietário como receita da atividade rural, no mês de seu efetivo
recebimento, desde que comprovado que tal produto seja resultante de atividade
rural exercida por ele, na propriedade alienada.
Excetuada
a hipótese acima referida:
a)
os rendimentos auferidos na venda são tributados como ganho de capital, se esta
atividade não for exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro
de 1988, art. 3º, § 2º); ou
b)
se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, a pessoa física será
considerada empresário (empresa individual) equiparado a pessoa jurídica, sendo
seus lucros tributados nessa condição (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999
– Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 150, 541 e 542).
A
receita bruta, decorrente da venda de produtos rurais, deve ser comprovada por
documentos hábeis e idôneos usualmente utilizados, tais como: nota fiscal do
produtor, nota fiscal de entrada, nota promissória rural vinculada à nota
fiscal do produtor e demais documentos reconhecidos pelas fiscalizações
estaduais.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 61; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de novembro de 2001,
art. 5º)
VENDA
DE BENS E BENFEITORIAS RECEBIDOS EM HERANÇA, DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
OU DOAÇÃO
510
— Qual é o tratamento tributário do valor obtido na venda de bens e
benfeitorias recebidos em herança, dissolução da sociedade conjugal ou doação?
O
tratamento tributário é o seguinte:
1
- Se o sucessor legítimo, ex-cônjuge ou donatário explorar atividade rural,
ainda que como arrendatário ou parceiro, o valor obtido será incluído como
receita da atividade rural.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990; Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991)
2
- Excetuada a hipótese acima referida:
a)
os rendimentos auferidos na venda são tributados como ganho de capital, se esta
atividade não for exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro
de 1988, art. 3º, § 2º); ou
b)
se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, a pessoa física será
considerada empresário (empresa individual equiparado a pessoa jurídica, sendo
seus lucros tributados nessa condição (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999
– Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 150, 541 e 542).
(Parecer
Normativo CST nº 362, de 19 de maio de 1971; Parecer Normativo CST nº 90, de 16
de outubro de 1978)
Consulte
as perguntas 489 e 574
ATIVIDADE
RURAL — DESPESAS
GASTOS
COM ASSISTÊNCIA À SAÚDE
511
— Gastos com assistência à saúde de trabalhador rural podem ser deduzidos como
despesa da atividade rural?
Somente
podem ser deduzidos os gastos com assistência à saúde do trabalhador rural que
se configurem como permanentes e constantes, e se destinem à melhoria da
condição de vida dele, não sendo permitida a dedução de gastos eventuais.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 6º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 62, § 2º;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º, VII)
PAGAMENTO
ANTECIPADO DO PREÇO
512
— Quando se apropria a despesa decorrente de aquisição de gado ou de outros
bens da atividade rural com pagamento antecipado do preço?
Os
valores efetivamente pagos antecipadamente para aquisição de bens da atividade
rural são computados como despesa somente no mês do recebimento dos animais ou
bens.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999,
art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 17 § 3º)
DESPESAS
COM VEÍCULOS
513
— Podem ser deduzidas na atividade rural as despesas de aluguel, uso e
manutenção de veículos?
Sim,
desde que as despesas sejam realizadas com veículos utilizados diretamente na
atividade rural, tais como os gastos realizados com aluguel, peças de
reposição, manutenção e uso de veículos, combustíveis, óleos lubrificantes,
serviços de mecânico, salários do condutor.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62, § 1º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art. 7º)
ALUGUEL
DE AVIÃO PARA DESLOCAMENTO DO CONTRIBUINTE
514
— Os gastos com aluguel ou arrendamento de avião somente para deslocamento do
contribuinte visando à compra de animais, insumos etc., podem ser considerados
como despesa de custeio?
Não.
Essas despesas são indedutíveis por não estarem diretamente relacionadas com a
atividade rural, não sendo necessárias, assim, à manutenção da fonte produtora
dos rendimentos (imóvel rural), nem à percepção do rendimento tributável.
Para
a dedutibilidade das despesas devem ser observados alguns princípios, tais
como: o da autorização, o da consumação, o da correlação, o da efetividade, o
da necessidade.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, arts. 49 e 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art. 7º)
GASTOS
COM AERONAVE
515
— Podem ser deduzidos os gastos com aeronaves?
Somente
podem ser deduzidos os gastos com:
1
- aquisição de aeronaves próprias para uso agrícola, desde que a utilização
seja exclusiva para a atividade rural, bem assim os gastos realizados com peças
de reposição, manutenção e uso da aeronave, combustíveis, óleos lubrificantes,
serviços de mecânico, salários do piloto etc.;
2
- aluguel das aeronaves descritas na alínea "a" ou a contratação de
serviço com o uso delas (pulverização, semeadura etc.).
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62, § 1º e § 2º, inciso III; Instrução Normativa SRF nº 83, de
11 de outubro de 2001, arts. 7º e 8º, inciso III)
ALUGUEL
DESCONTADO DO EMPREGADO
516
— Qual é o valor que pode ser considerado como despesa de custeio quandoo
proprietário rural desconta do valor total devido ao empregado, que mora em
casa situada dentro do imóvel rural, um percentual a título de habitação por
força de contrato de trabalho?
O
proprietário rural pode considerar como despesa de custeio o valor total devido
ao empregado e deve considerar como rendimento de aluguel, sujeito ao
carnê-leão e, também, ao ajuste anual, o valor a título de habitação descontado
do empregado. Esse entendimento é válido mesmo na hipótese de não haver
contrato de locação formalizado entre as partes, sendo suficiente, para esse
efeito, a cláusula do contrato de trabalho.
(Lei
nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 21; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 49 e 62;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 7º)
PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS DA ATIVIDADE RURAL
517
— O que se considera prestação de serviços da atividade rural, para fins de
dedução como despesa de custeio?
Considera-se
prestação de serviços da atividade rural, para fins de dedução como despesa de
custeio, aquela necessária à percepção dos rendimentos e à manutenção da fonte
produtora e que contribui normalmente para a realização da produção rural, como
por exemplo:
as operações culturais, de colheita, debulha, enfardação, ceifa e recolha,
incluindo operações de sementeira e de plantação;
as operações de embalagem e de acondicionamento, tais como a secagem,
limpeza, trituração, desinfecção e ensilagem de produtos agrícolas;
a armazenagem de produtos agrícolas;
a guarda, criação ou engorda de animais;
a locação, para fins rurais, dos meios normalmente utilizados nas
explorações agrícolas, pecuárias, silvícolas ou de pesca;
a assistência técnica;
a destruição de plantas e animais nocivos, o tratamento de plantas e de
terreno por pulverização;
a exploração de instalações de irrigações e de drenagem; e
a poda de árvores, corte de madeira e outros serviços silvícolas.
DESPESAS
OCORRIDAS FORA DA ÁREA RURAL
518
— Podem ser deduzidas da receita bruta da atividade rural as despesas ocorridas
na utilização de imóvel fora da área rural?
Como
regra geral, somente as despesas ocorridas dentro da propriedade rural
explorada podem ser deduzidas das receitas auferidas nessa atividade. Assim, em
princípio, só podem ser computadas as despesas ocorridas fora da área de
exploração rural quando efetivamente necessárias a essa atividade, como
utilização de mão-de-obra e equipamentos de escritório, uso e ocupação de
imóveis etc., quando exista contrato formal de uso, locação, arrendamento,
armazenamento etc.
Todavia,
quando a pessoa física que explore essa atividade possuir imóveis situados fora
da área rural, mas cuja destinação única e específica seja para seleção,
secagem, armazenamento etc., dos produtos oriundos exclusivamente das
propriedades rurais nas quais exerceu essa atividade, percebendo ou não pela
cessão desses bens, as despesas de mão-de-obra correspondentes a essas
atividades, bem como as decorrentes da utilização e da conservação desses bens,
podem ser deduzidas da receita bruta, desde que sejam compatíveis com as
práticas usuais e preço de mercado e estejam devidamente comprovadas.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 7º; Parecer Normativo CST nº 90, de 1978)
AQUISIÇÃO
DE BEM POR CONSÓRCIO
519
— Quando se considera despesa a aquisição de bem da atividade rural por
intermédio de consórcio?
Somente
após o recebimento do bem, os valores já pagos, acrescidos do valor
correspondente ao lance, se for o caso, podem ser considerados despesa. Daí em
diante, os demais pagamentos, até o final do contrato, também serão
considerados despesa no mês correspondente.
Enquanto
o bem não for recebido, os valores pagos em cada ano-calendário devem ser
informados apenas na ficha relativa a Bens da Atividade Rural do Demonstrativo
da Atividade Rural, não podendo ser considerados despesa.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62, §§ 5º e 6º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro
de 2001, art. 17, §§ 2º e 3º)
EMPRÉSTIMOS
E FINANCIAMENTOS
520
— Como devem ser consideradas as importâncias recebidas a título de
financiamento ou empréstimo para formação e manutenção da atividade rural?
As
importâncias correspondentes aos financiamentos ou empréstimos obtidos são
consideradas recursos no ano em que forem recebidas e declaradas pelo saldo em
31 de dezembro de cada ano na ficha Dívidas Vinculadas à Atividade Rural do
Demonstrativo da Atividade Rural. Os dispêndios com formação e manutenção da
atividade rural são considerados despesas ou investimentos no mês em que forem
efetivados como custeio ou como inversão de capital. Os encargos financeiros
efetivamente pagos em decorrência de empréstimos contraídos para o
financiamento de custeio e investimentos da atividade rural podem ser deduzidos
como despesa na apuração do resultado.
Ressalte-se
que as parcelas de amortização do financiamento ou empréstimo, no montante
correspondente ao valor do principal, não podem ser deduzidas como despesa
quando de seu pagamento, devendo apenas ser informadas na ficha Dívidas
Vinculadas à Atividade Rural do Demonstrativo da Atividade Rural.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, arts. 61 e 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art. 16; Parecer Normativo CST nº 90, de 1978)
DEDUÇÃO
DE MULTAS
521
— Podem ser deduzidas da receita bruta da atividade rural as multas pagas
durante o ano-calendário?
A
regra geral é que são indedutíveis como despesa da atividade rural os
pagamentos de multas efetuados durante o ano-calendario, especialmente aquelas
decorrentes de infrações legais aplicadas por auto de infração/notificação.
Entretanto,
as multas moratórias decorrentes do pagamento em atraso de despesas dedutíveis
da atividade rural têm o mesmo tratamento destas despesas e, neste caso, são
também dedutíveis.
Também
as multas decorrentes do descumprimento de obrigações acessórias, de que não
resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributos, são dedutíveis, bem
como as decorrentes do descumprimento de obrigações contratuais que representem
despesas dedutíveis da atividade rural.
ATIVIDADE
RURAL — INVESTIMENTOS
INVESTIMENTOS
522
— Quais são os gastos que podem ser considerados investimentos?
De
forma geral, considera-se investimento a efetiva aplicação de recursos
financeiros, durante o ano-calendário, que vise ao desenvolvimento da atividade
rural para a expansão da produção e melhoria da produtividade e seja realizado
com:
1
- benfeitorias resultantes de construção, instalações, melhoramentos, culturas
permanentes, essências florestais e pastagens artificiais;
2
- aquisição de tratores, implementos e equipamentos, máquinas, motores, veículos
de carga ou utilitários usados diretamente na atividade rural, utensílios e
bens de duração superior a um ano e animais de trabalho, de produção e de
engorda;
3
- serviços técnicos especializados, devidamente contratados, visando a elevar a
eficiência do uso dos recursos da propriedade ou exploração rural;
4
- insumos que contribuam destacadamente para a elevação da produtividade, tais
como: reprodutores, sementes e mudas selecionadas, corretivos do solo,
fertilizantes, vacinas e defensivos vegetais e animais;
5
- atividades que visem especificamente à elevação socioeconômica do trabalhador
rural, tais como: casas de trabalhadores, prédios e galpões para atividades
recreativas, educacionais e de saúde;
6
- estradas que facilitem o acesso ou a circulação na propriedade;
7
- instalação de aparelhagem de comunicação e de energia elétrica;
8
- bolsas de estudo para formação de técnicos em atividades rurais, inclusive
gerentes de estabelecimentos e contabilistas.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 4º, § 2º; Decreto nº 3.000, de 26 de
março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 62;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º)
AQUISIÇÃO
DE TERRA NUA
523
— O custo de aquisição da terra nua constitui investimento da atividade rural?
Não.
Na aquisição de imóvel rural o custo da terra nua não constitui investimento da
atividade rural.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62, § 2º; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, art. 9º)
GASTOS
COM ESCOLA E EDUCAÇÃO
524
— Os gastos com a construção de escolas em propriedade rural e com a educação
dos filhos dos empregados podem ser deduzidos das receitas da atividade rural?
Sim,
esses encargos são considerados investimentos e podem ser deduzidos como
despesas para efeito da apuração do resultado da atividade rural, desde que
ocorridos dentro da propriedade rural do contribuinte. Além disso, também podem
ser deduzidos os gastos com bolsas para a formação de técnicos em atividades
rurais, inclusive gerentes de estabelecimentos e contabilistas.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 8º, incisos VII e X; Parecer Normativo CST nº 246, de 1974)
ADIANTAMENTO
RECEBIDO PARA PAGAMENTO POSTERIOR EM PRODUTOS RURAIS
525
— Como proceder em relação a adiantamento recebido para aquisição de bem da
atividade rural com pagamento posterior em produtos rurais da atividade
exercida pelo contribuinte?
O
valor do bem adquirido com o adiantamento é considerado investimento, no mês do
efetivo recebimento do bem.
O
valor da dívida paga com a posterior entrega de produtos da atividade rural
exercida pelo contribuinte deve ser tributado como receita da atividade rural,
no mês da entrega.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, arts. 61 e 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de
2001, arts. 5º, § 2º, inciso IV e 8º)
FINANCIAMENTO
RURAL PARA AQUISIÇÃO DE BENS
526
— O que deve ser computado como investimento no caso de financiamento rural
para aquisição de bens?
Deve
ser computado como investimento o valor total dos bens adquiridos e não o do
financiamento. O saldo em 31 de dezembro de cada ano do financiamento rural
deve ser declarado como Dívidas Vinculadas à Atividade Rural do Demonstrativo
da Atividade Rural, e o valor dos encargos financeiros efetivamente pagos em
decorrência de empréstimos contraídos para o financiamento dos
custeio/investimentos da atividade rural pode ser deduzido como despesa quando
da apuração do resultado.
(Lei
nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 4º, § 2º; Decreto nº 3.000, de 26 de
março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, art. 62 e §
11; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 8º e 16)
INVESTIMENTO
NA CAPTURA IN NATURA DO PESCADO
527
— O que se considera investimento no caso de extração animal na captura in
natura do pescado?
Considera-se
investimento na captura in natura do pescado a efetiva aplicação de recursos
financeiros, durante o ano-calendário, que vise ao desenvolvimento da atividade
rural para a expansão, captura e melhoria da produtividade da pesca, tais como
reforma/aquisição de motores, de embarcações, de frigoríficos, de redes de
pesca, de botes ou caíques, de rádios de comunicação, de bússolas, de sondas,
de radares, de guinchos, de cordas, de anzóis e de boias.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 8º, inciso III)
INVESTIMENTO
NA EXPLORAÇÃO DA PISCICULTURA
528
— O que se considera investimento no caso da exploração da piscicultura?
Considera-se
investimento na piscicultura a efetiva aplicação de recursos financeiros,
durante o ano-calendário, que vise ao desenvolvimento da atividade rural para a
expansão e melhoria da produtividade do cultivo do pescado, tais como:
aquisição de matrizes e alevinos, reparo, construção e limpeza de diques,
tanques, comportas e canais.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 8º)
GASTOS
COM DESMATAMENTO DE TERRAS
529
— Os gastos com desmatamento de terras, para implantação de culturas
permanentes, podem ser considerados investimentos?
Os
valores pagos a título de desmate, enleiramento, derrubada de árvores, catação
de raízes etc., para implantação de culturas permanentes, essências florestais
e pastagens artificiais, constituem investimentos.
Alerte-se
que, havendo recebimento de valores em virtude da posterior venda de produtos
da atividade rural, tais como madeira, lenha, carvão etc., retirados do imóvel
rural, o montante recebido deve ser tributado como receita da atividade rural.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 8º; Parecer Normativo CST nº 90, de 1978, item 4)
AQUISIÇÃO
DE REPRODUTORES OU MATRIZES
530
— O montante despendido no ano-calendário na aquisição de reprodutores ou
matrizes pode ser considerado despesa de custeio?
O
valor despendido com a compra de reprodutores ou matrizes, inclusive P.O. (puro
por origem) ou P.C. (puro por cruza), bem como de alevinos, girinos, embriões e
sêmen, pode ser considerado investimento no ano de sua aquisição e, como tal,
pode ser deduzido no mês em que se efetivarem as despesas.
Também
pode ser deduzida parte do valor correspondente a esses reprodutores ou
matrizes, quando adquiridos em sociedade ou condomínio.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 2; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art.
8º, inciso VI)
AQUISIÇÃO
DE QUOTAS OU PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
531
— A aquisição de quotas de cooperativa rural ou de participação societária no
capital de empresa rural é considerada investimento na atividade rural?
Não,
este dispêndio é considerado apenas aquisição de participação societária e deve
ser incluído na ficha de Bens e Direitos da Declaração de Ajuste Anual.
BENFEITORIAS
REALIZADAS NO IMÓVEL RURAL
532
— Qual é o tratamento tributário do valor das benfeitorias realizadas no imóvel
rural durante o ano-calendário?
O
valor das benfeitorias realizadas no imóvel rural durante o ano-calendário é
considerado investimento e pode ser deduzido como despesa de custeio e, neste
caso, indicado, destacadamente, em Bens da Atividade Rural do Demonstrativo da
Atividade Rural, nos campos “Discriminação” e Valores em Reais.
Caso
o contribuinte opte por não considerar o valor das benfeitorias realizadas como
despesa da atividade rural, poderá informá-las na Declaração de Bens e Direitos
da Declaração de Ajuste Anual, indicando o valor dispendido no campo “Situação
em 31/12/2012 (R$)”.
(Decreto
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/1999, art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 8º)
FONTE: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
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